São inúmeras as que ainda se recusam, afirmando que não há vagas ou
que não têm o preparo necessário para acolhê-las e passam por cima da
Lei da Inclusão. Quando essas crianças são matriculadas, na maioria das
vezes não encontram na escola a estrutura suficiente, ou seja, um olhar
que tenha como real prioridade permitir que elas explorem ao máximo suas
potencialidades neste ambiente tão rico de experiência social.
É neste contexto e com este objetivo que entra em cena o mediador ou
facilitador escolar. Seu papel é direcionado a possibilitar que o máximo
de oportunidades sejam criadas e aproveitadas para que as crianças com
necessidades especiais aprendam, não apenas o pedagógico, mas também o
social. Assim, esse profissional tem como função mediar os conflitos e
facilitar a comunicação entre a criança e seus colegas de
sala e entre ela e os professores, ou seja, com o ambiente escolar como
um todo. Seu papel não o é de tomar o lugar do professor, mas de
permitir que seus ensinamentos sejam assimilados ao máximo pela criança,
já que esta enfrenta barreiras que não fazem parte da vida de crianças
sem o transtorno.
Quando colocamos em ênfase o espectro autístico, podemos avaliar a
importância do aprendizado das regras sociais, estas que são dominadas
por crianças fora do espectro com muita naturalidade, de modo quase
automático. Estas regras fazem parte do dia-a-dia de todos e nos mostra
como o nosso mundo funciona. Qual ambiente seria mais propício para o
treinamento dessas habilidades do que o escolar? É na escola onde a
criança passa a maior parte do seu dia e é lá onde estão as maiores oportunidades de crescimento.
Fonte: Jornal Brasil
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