domingo, 31 de maio de 2015

MUTISMO SELETIVO

Foto de Sou Psicólogo Com Muito Orgulho.

O QUE É
No Manual de Estatística e Diagnose de Desordens Mentais, o Mutismo Seletivo é descrito como uma desordem psicológica pouco frequente nas crianças. Crianças (e adultos) com este tipo de problema são completamente capazes de falar e compreender a linguagem, mas não o fazem em determinadas situações sociais, quando é o que se espera deles.
Funcionam normalmente em outras áreas do comportamento e aprendizado, embora se privam severamente de participar em atividades de grupo. É como uma forma extrema de timidez, mas a intensidade e duração a distingue. Como por exemplo, uma criança pode passar todo o tempo completamente calado na escola, por anos, mas falar livremente ou excessivamente em casa. Outras características são, além da timidez extrema, o retraimento social, a dependência e o perfeccionismo.
Esta desordem NÃO é considerada uma desordem da comunicação, pois a maioria das crianças se comunica através de expressões faciais, gestos, etc. Ao realizar o diagnóstico, pode ser confundido facilmente como um tipo seletivo de Autismo ou Síndrome de Asperger, especialmente se a criança atua de modo retraído na presença do psicólogo. Isto pode levar a um tratamento incorreto.
COMO É A IDENTIFICAÇÃO
Entre os aspectos negativos estão:
• Os portadores do Mutismo Seletivo encontram dificuldade em manter contato visual.
• Com frequência não sorriem em público ou em expressões vazias (sempre em público).
• Se movem de forma rígida e torpe.
• Não podem manejar situações onde se espera que falem normalmente, como uma saudação, uma despedida ou um agradecimento.
• Tendem a preocupar-se mais com as coisas de que o restante das pessoas.
• Podem ser muito sensíveis ao ruído e ao excesso de gente.
• Encontram dificuldade em falar sobre si mesmo ou expressar seus sentimentos.
Entre os aspectos positivos estão:
• Inteligência e percepção superior aos demais, são curiosos.
• São sensíveis aos pensamentos e emoções alheias (empatia).
• Tem um grande poder de concentração.
• Com frequência tem um bom sentido do que é correto, incorreto e de justiça.
CAUSA
O mutismo seletivo tem causa obscura e, até o momento, parece ter origem multifatorial. Acredita-se que a influência dos fatores ambientais e situações interpessoais sejam de grande peso para o desenvolvimento do mutismo seletivo. Ele pode ser deflagrado por uma experiência negativa pela qual a criança passou - uma violência física ou verbal, ou uma grande decepção.
A genética também tem um peso importante: estatísticas mostram que muitas crianças afetadas pelo transtorno têm um parente próximo com histórico de transtornos emocionais e a patologia é mais encontrada nos filhos de pais tímidos ou distantes.
A influência do comportamento dos pais nos relacionamentos com outras pessoas, bem como suas alterações de humor podem dar à criança impressões problemáticas sobre o relacionamento humano, gerando certa ansiedade fóbica social.
A própria personalidade da criança pode favorecer aparecimento do transtorno. Em alguns casos o mutismo seletivo ocorre após algum trauma, como morte, início escolar, sequestro, violência.
Todos de alguma maneira relacionados à separação do cuidador da criança, sendo considerado um tipo de transtorno fóbico.
TRATAMENTO
Não existem muitas referências e orientações para o tratamento do mutismo seletivo. Talvez pelo fato da criança com mutismo seletivo não perturbar ninguém e passar por quietinha, ao contrário da criança hiperativa, cujo comportamento agitado chama a atenção de todo mundo, seu tratamento tem sido protelado e sua importância tem sido minimizada.
As modificações comportamentais são as medidas mais promissoras. A psicoterapia e terapia da fala também são importantes, já a psicofarmacologia é bastante restrita nesses casos, muitas vezes atuando somente em outros estados emocionais associados, sejam como comorbidades, sejam consequências da discriminação, da autoestima, etc.

Por:  Letícia de Oliveira - Psicóloga

terça-feira, 26 de maio de 2015

Síndrome do Pânico

A ansiedade é um estado emocional que faz parte da vida. Encontrar a pessoa por quem se está apaixonado causa ansiedade assim como a entrevista para um novo emprego. Antes de uma prova, por exemplo, esse estado de ânimo é produtivo, fazendo com que o estudante esteja alerta e preparado para o desafio.

Síndrome do pânico 

Mas quando a ansiedade passa a afetar negativamente o dia-a-dia há um problema. Se alguém não consegue mais seguir sua rotina, seja no trabalho, na escola ou na vida social, pode estar sofrendo de um transtorno de ansiedade. A síndrome do pânico faz parte destes transtornos.
Muitas pessoas podem ter síndrome do pânico e não saberem por não reconhecerem os sintomas
“Muitas pessoas podem ter síndrome do pânico e não saberem por não reconhecerem os sintomas”, alerta Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Primeiros sintomas

A síndrome é caracterizada pela sucessão repentina de crises de pânico. A sensação horrível trazida por esses episódios faz com que a pessoa altere sua rotina, com medo de que o processo possa se repetir. “Na prática, isso significa que alguém que teve uma crise enquanto dirigia, deixa de dirigir; se a crise foi crise no metrô, deixa de utilizar esse meio de transporte”, explica a psiquiatra.
As crises impedem que se leve uma vida normal. Há casos em que a pessoa deixa de sair de casa ou não sai mais sozinha. A lógica é a seguinte: passa-se a viver na expectativa de novas crises e busca-se estar em uma situação em que seja possível encontrar ajuda.“Quem sofre da síndrome do pânico tem a preocupação persistente de ter novos ataques”, diz a dra. Ana Luiza.
Durante a crise, que tem seu ápice em 10 minutos, pelo menos quatro dos seguintes sintomas se manifestam:
  • Palpitação
  • Taquicardia
  • Suor em excesso
  • Tremor
  • Náusea
  • Tontura
  • Sensação de não conseguir respirar
  • Medo de perder o controle
  • Medo de morrer

Mulheres x Homens

A síndrome se desenvolve principalmente em adultos jovens, por volta dos 25 anos; mas pessoas de qualquer idade podem apresentar o problema. As maiores vítimas são as mulheres, que recebem de duas a três vezes mais diagnósticos da síndrome do pânico que os homens.
Segundo a dra. Ana Luiza, ainda não há uma confirmação científica que relacione a maior incidência às mulheres. “Alguns casos no sexo masculino podem ser subdiagnosticados pelos homens buscarem menos auxílio”, analisa a psiquiatra.
Um estudo do National Comorbidity Survey (NCS), dos EUA, aponta que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e apenas 29%, homens.

De onde vem?

Não há uma causa específica para a síndrome de pânico. Existem apenas algumas hipóteses. Uma delas trata dos fatores genéticos, uma vez que 35% dos familiares de primeiro grau de pacientes com transtorno de pânico também desenvolvem o problema.
Outra hipótese levantada é de que os portadores têm uma disfunção neurológica do sistema de alerta. “Quando passamos por alguma situação que causa medo, nosso sistema de alerta é acionado pelo cérebro. Quem sofre da síndrome pode ter uma disfunção nesse sistema e desencadear uma crise sem uma causa determinante”, pontua a psiquiatra.

Como cuidar

O tratamento para a síndrome do pânico inclui cuidar da doença em si e dos problemas que podem estar associados a ela como, por exemplo, a depressão. Os medicamentos mais utilizados são os antidepressivos e ansiolíticos, associados à psicoterapia. Essa junção costuma obter bons resultados.

“No tratamento, procuramos mostrar ao paciente que, por mais desconfortável que pareçam os ataques, ele não vai morrer por causa deles”, diz a dra. Ana Luiza. Com o tempo, os sintomas podem cessar completamente ou serem controlados, tornando-se mais leve. “Isso dependerá de cada paciente”, conclui.


Fonte: Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira

 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Como melhorar a velocidade na escrita infantil

Mesmo com os computadores na escola, as crianças ainda escrevem artigos, trabalhos de matemática, provas, redação e bastante cópia de quadro .Se você observar que o seu filho, se esforça para completar as tarefas escritas à mão, tome algumas providências para ajudá-lo a aumentar sua velocidade.

 Existem várias causas para a escrita lenta, incluindo dificuldades de aprendizagem.

O Protocolo de Avaliação explica que a fadiga muscular da mão, a má postura, imaturidade segurar lápis(preensão inadequada), posicionamento incorreto de papel e maus hábitos também contribuem para a lenta caligrafia.

Faça exercícios para reforçar a formação da letra correta e exercícios para melhorar o posicionamento do seu filho, a destreza e força da mão para aumentar sua velocidade.
-observar a postura sentada com apoio dos pés, apoio do antebraço na mesa, papel inclinado 45 graus para direita(canhoto), preensão do lápis - indicador e polegar com estabilização do dedo médio.

- Deixar que seu filho realize  atividades de escrita (bilhete, carta, receitas ou lista de supermercado).Pratique diariamente exercícios de escrita.

- Deixar ele copiar um parágrafo de um livro ou escolher seu próprio tema. Diga a ele não se preocupar com a ortografia, mas se concentrar apenas em sua velocidade de escrita.

- Deixar o seu filho escrever em papel quadriculado para ajudá-la a manter suas letras um tamanho consistente e usar um cronômetro para desafiá-la a completar uma linha de escrita em um determinado período de tempo.

- Usar diferentes tipos de papel, tais como jornal, papel, cartolina ou mesmo de papelão, corte e realize algumas atividades de perfuração- para  ajudar a fortalecer as mãos. (uso de furadores)

- apertar um objeto e, segurando a posição por cinco segundos para  fortalecer os músculos das mãos e dos dedos. Tente apertar uma bola de tênis ou uma bola texturizada como a maior freqüência possível durante todo o dia. Espalhando seus dedos e mãos abertas como possível pode fortalecer os músculos.

- fazer alguns exercicios de oposição do polegar para aumentar a força e mobilidade, usando os dedos de uma mão para fortalecer um ao outro.Tocar as pontas dos dedos polegar e indicador juntos e apertá-los juntos por cinco segundos. Em seguida, tocar a ponta do polegar à ponta de cada dedo.

                                         

 - Rasgar e amassar o papel
 Esta atividade pode ser feita com diferentes tipos de papel - papel de tecido, papel comum ou papel de construção. Outros exercicios de fortalecimento puxar, empurrar, apertar e carregar.
Exercicios de empurrar uma bola, a parede ou própria mão.

Exercicios de puxar uma corda ou um elástico.


domingo, 24 de maio de 2015

Síndrome de burnout

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.
Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.
Recomendações
* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.

Por Dr. Drauzéo Varela

sábado, 23 de maio de 2015

Como ensinar amarrar o cadarço, brincando!


Você esta com dificuldade para ensinar seu filho  a amarrar o cadarço dos tênis? Tem um jeito muito bacana de ensinar os filhos e ainda brincando! Vamos fazer um sapato de papelão!

 Crianças 5- 6 anos estão preparadas para ensinar amarrar o cadarço

A atividade amarrar o cadarço precisa habilidades dos movimentos coordenados finos, habilidades bimanuais percepção visual, conceitos espaciais  e sequenciação. Explique por etapas e repete várias vezes. Elogie sempre !

Como ensinar as crianças canhotas a posição correta para escrita?



As crianças canhotas podem achar a vida um pouco mais difícil porque eles não podem facilmente usar alguns dos equipamentos a mão direita(como tesoura, abridor de lata, maçaneta, corrimão das escadas,régua e mouse do computador).Se os pais e os professores são destros, que muitas vezes não percebem as dificuldades que a criança está enfrentando começam a serem rotulados como desajeitado, inábil, ou difícil.

Ensinar as crianças canhotas a escrever é um processo diferente do que ensinar as crianças a mão direita.O português é escrito da esquerda para a direita, por isso é naturalmente mais difícil para pessoas canhotas a escrever do que os destros. Pais e professores devem compreender o processo de ensinar uma criança canhota a maneira correta de escrever. Caso contrário, ele pode sofrer de problemas ao longo da vida com a escrita, incluindo uma posição desconfortável e ineficaz, desorganizado estilo de escrita.

O "estilo" viciado em escrever que se vê frequentemente em canhotos resulta da falta de formação adequada - isto não é como um canhoto deve escrever. Canhotos adotam esta postura, porque eles estão tentando ver o que está escrito e não mancha o que acabou de escrever com a mão, mantendo uma inclinação à direita das letras - estes problemas são superados pelo melhor posicionamento de papel e lápis.

Dicas para a escrita dos canhotos
- Segure o lápis é aproximadamente de 2,5 cm a 3,0 cm a partir do ponto,aumentando o espaço visual entre a mão e o papel.Isto significa que você pode realmente ver o que você está escrevendo. Você pode fazer uma pequena marca no lápis onde a criança deve segurá-la para ajudá-lo a lembrar.
- Ensine a criança o lugar apropriado para segurar o lápis para escrita.O canhoto precisa segurar o lápis mais atrás do que o destro para evitar manchas de tinta e para que eles possam ler o que está sendo escrito.
- Gire o papel cerca de 45 graus no sentido horário (mover a parte superior à direita)

- Segure a caneta ou o lápis com 3 pontos entre o polegar, indicador e o dedo médio
- Mantenha a mão e o punho sob a linha da escrita
- Escrever sobre uma superfície inclinada também pode ajudar
- Escreve com a mão abaixo da linha da escrita

O ato de escrever envolve todo o braço, inclinando o papel oferece a criança uma postura mais eficiente e confortável para a posição do punho, cotovelo e ombro. Alguns professores acham útil deixar a criança com a mão esquerda começa a escrever ou praticar em um quadro na parede.Isso permite que a criança a movimentar o braço inteiro livremente, manter o punho em linha reta, e não se preocupar de ver ou borrar a escrita, tornando mais fácil para a criança a se concentrar em aprender a formar as figuras.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Como lidar com crianças autistas na escola

 - No início da aula, a transição de deixar o seu pai / cuidador para se tornar parte de seu grupo, é uma forma estressante para criança com autismo.Dica para os professores - deixar pronto todos os materiais e inciar com o brinquedo preferido da criança ou atividades que são fáceis de fazer. 
-Pergunte ao pai/ cuidador antes do início das aulas que atividades favoritas dos seus filhos são, e encontrar uma maneira de trabalhá-las neste momento de transição.
-Materiais como papel machê, cola, tintas de dedo, massinha, argila, etc, pode causar a criança a ter uma resposta negativa. Incentivar o uso de ferramentas (pincel, trincha ou luvas) para as crianças  super sensiveis ao toque.Planejar as atividades e estar ciente de certas modificações.
-O aluno que têm um fascínio com os brinquedos de transporte (carro,trem).Propor uma atividade pintura ou modelagem com eles.

-As pistas visuais (objetos concretos, fotos) são muito importantes.O ambiente deve ter uma imagem explicando o seu uso e finalidade.
-Coloque imagens em embalagens de itens do que pertence no recipiente. Coloque essas mesmas imagens nas prateleiras onde os recipientes sejam mantidos. Isso é muito reconfortante e acolhedor para uma criança com autismo.
-Ordem e previsibilidade são muito importantes. Essas pistas visuais ajudá-los a prever os efeitos do seu ambiente, e remover o medo do desconhecido. Além disso, a utilização de um programa de imagem ou o nome da criança gravado (mesa, hora da roda e nos materiais)
-Mais uma vez, a previsibilidade ajuda a criança com autismo funcionam suavemente e sem medo e stress. Quanto mais você pode informar a criança com autismo sobre seu ambiente e que vai acontecer a seguir, mais sucesso você terá comportamentalmente.
 -Ambiente tranquilo (um cantinho com um tapete no chão, uma cadeira puff ou uma cadeira de balanço para sentar. Criar um espaço maravilhoso para a criança mais agitada acalmar.
- Muitas pessoas com autismo têm dificuldade em filtrar ruídos estranhos. Usando um tapete no chão, vai ajudar a minimizar estes sons.
-Evitar vários cartazes, brinquedos, e outros estimulos. As crianças com autismo, são completamente distraído por estímulo visual. Um educador sábio, que quer a atenção de seus alunos, irá evitar nas paredes vários cartazes.
-Incentivar a ajuda na limpeza e organizar o ambiente  é uma ótima maneira para a criança com problemas de integração sensorial para usar seus músculos grandes. Fazer estas crianças para transportar cadeiras pesadas ou livros ajuda a organizar seu cérebro e também tem um efeito calmante sobre o sistema nervoso. 
-Deixar o aluno com autismo ser ajudante na sala de aula. Isso lhes dará mais oportunidades para o movimento que muitas destas crianças anseiam.Carregar os materiais, apagar o quadro-negro, lavar mesa, organizar os brinquedos são algumas idéias.
-Nunca punir uma criança com autismo que procura movimento, tirando um recreio ao ar livre. Isso só vai aumentar a inquietação e explosões. 
-Para as atividades de círculo e de grupo, tentar fornecer puff ou tapete individual, para que o aluno com autismo entende que sua posição é no espaço. Isto proporciona-lhe um limite físico.
-Preparar e organizar o ambiente e os materiais de acordo com nível intelectual da criança com autismo.

Como ensinar a criança colorir dentro do limite?

 Colorir dentro das limite pode ser bastante difícil para algumas crianças. A atividade de colorir dentro do limite exige coordenação motora fina , viso-motora e viso-espacial. Uma técnica que eu encontrei no Blog da Terapeuta Ocupacional Dra. Zachry pode ser útil para as crianças com dificuldade motora e visual.A dica é delinear as bordas da imagem com pistola de cola quente.

 Fonte:http://drzachryspedsottips.blogspot.com

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Como e por que as características infantis podem ser mal interpretadas


“Ele é pirracento”.
“Ela sente medo de tudo”.
“Ele se isola”.
"Ele tem nojo de creme,tomar banho,lavar o cabelo,cortar as unhas, massinha,tinta,areia,grama e alguns alimentos."
“Ele é preguiçoso”.
“Ela é mimada”

Essas frases são utilizadas constantemente para descrever crianças.No entanto,elas não exprimem a verdade e são prejudiciais ao desenvolvimento da personalidade de uma criança pequena.Uma resposta seria talvez crianças com desenvolvimento mais lento ou outra possibilidade inadequações físicas e problemas sensoriais relacionados dos quais os pais não tivessem consciência.

Esses problemas,em geral,se manifestam no primeiro ano de vida da criança,e seus sinais podem ser mal interpretados.O bebê que está sempre chorando pode não estar com cólica,mas pode precisar de menos estímulo em seu ambiente para se sentir calmo.

O bebê de quatro ou cinco meses não se vira de um lado para outro não é preguiçoso,isso pode ser indício de que ele sente medo se mover.O isolamento da criança que não consegue brincar no parquinho(escorregador,balanço)pode ser uma insegurança gravitacional,crianças que não gostam de determinados alimentos por causa da textura e são muito seletivas para comer ou evitam contato físico,não é "mimada" pode ser uma hipersensibilidade oral ou tátil.

De fato,nem todos os bebês e crianças conseguem alcançar as etapas físicas sem um estímulo adicional,que ás vezes,pode ser sob forma intervenção profissional.(Terapeuta Ocupacional especialista Integração Sensorial). As crianças de quem falo são saudáveis,mas podem ter algum atraso no desenvolvimento que seja difícil de ser diagnosticado de início.As limitações sutis ou pequenos atrasos no desenvolvimento podem tornar atrasos cada vez maiores que com o tempo se manifestarão em outras dificuldades como: - aprendizagem -problemas emocionais, -comportamentais ou sociais.

Seu filho segura direito no lápis?


O segurar de forma correta no lápis é muito importante, principalmente, na Educação Infantil e nas séries iniciais.

Todo e qualquer hábito bom ou ruim a criança vai desenvolver primeiramente na Educação Infantil.

O pegar corretamente no lápis e a preensão correta ao escrever no papel são importantíssimos para um bom desenvolvimento motor que refletirá diretamente na escrita.

Há muitos exercícios como os de empilhar, rasgar, puxar, empurrar, encaixar e tantos outros que favorecem o desenvolvimento destas habilidades motoras.

Também os exercícios de coordenação motora são muito importantes, pois também trabalham a lateralidade e a noção espacial, decisivas para quando a criança começar a usar o caderno. Se ela tiver uma noção espacial bem desenvolvida em conformidade com a lateralidade a criança saberá se posicionar na linha e nas folhas do caderno.

O pegar corretamente no lápis facilita os movimentos da mão no exercício da grafia. Se o lápis não está devidamente posicionado a mão terá que se esforçar para realizar o movimento e com isso a letra sairá feia e a preensão no papel será muito forte.

Se desde a primeira vez que a criança pegar num lápis ela for orientada o sucesso do “saber segurar o lápis” será muito mais eficaz. Se a criança começar pegando erroneamente no lápis, quanto mais tarde ela for corrigida, mas difícil será de desabituar.

Nos casos da criança chegar nos anos iniciais pegando de forma errada, uma boa sugestão é utilizar o lápis triangular ou o triângulo em EVA que é colocado no lápis perto da ponta e é ali que a criança irá segurar.

Para que serve o lápis triangular?
Os lápis de formato triangular possui um formato anatômico que condiciona a criança a segurar o lápis de maneira correta, centrando os três dedos em três pontos de apoio. Essa característica também auxilia os professores como os pais na hora de alfabetizar a criança. Temos duas modalidades do lápis de cor no formato triangular. O Gigante que é ideal para pré-escolares e o triangular normal, pós pré-escolar.


Qual a diferença do lápis Gigante e do lápis triangular normal?
O lápis Gigante têm um diâmetro mais grosso que o normal, por isso ele é recomendado para crianças na fase pré-escolares, quando seus dedos pequenos ainda não tem a segurança e coordenação motora para segurar o lápis que são de grossura menor. Já o triangular normal é adequado para pós pré-escolar, pois com a prática já adquirida podem facilmente segurar corretamente o lápis triangular de diâmetro normal.

Fonte: Escrito por Cybele Meyer

sexta-feira, 8 de maio de 2015

ATIVIDADES DE NUMERAIS PARA MATERNAL





Pais de crianças com autismo usam aplicativos em tablets para estimular a comunicação

Pais de crianças com autismo usam aplicativos em tablets para estimular comunicação
Marie Dorion,39, e os filhos Luis (à esq.), 7, e Pedro, 9, em sua casa em Jundiaí, SP
O tablet é uma espécie de melhor amigo e babá de Pedro, 9. O iPad se converteu também em uma janela de comunicação entre ele e o irmão caçula, Luiz, 7.
Os dois têm autismo, transtorno de desenvolvimento que se manifesta pela dificuldade de comunicação e de interação social.
Logo ao acordar, Pedro aciona um aplicativo, o First Then, indicado por um terapeuta americano, que o ajuda a organizar a rotina.
As imagens vão se sucedendo a um simples toque: ir ao banheiro, escovar os dentes, tirar o pijama.
“O iPad ajuda o Pedro, que tem um grau mais severo de autismo, a não se perder entre uma atividade e outra. Antes ele colocava a camiseta, mas se distraía”, diz a mãe dos garotos, a relações públicas Marie Dorion, 39.
Agora, antes de ir para a escola, Pedro aciona o aplicativo e vai ticando as atividades, como amarrar o tênis. “Não esquece mais a mochila”, diz Marie.
A família, que mora em um condomínio em Jundiaí (interior de SP), encontrou no tablet um aliado tanto nas tarefas corriqueiras quanto na hora de brincar. “Eles contam piadas um pro outro e se divertem”, conta a mãe.
A jornalista Silvia Ruiz, 42, também aposta no auxílio da tecnologia para facilitar a vida escolar do filho Tom, 3. Com o iTouch, o garoto indica quando quer ir ao banheiro, por exemplo. “Tom voltou a falar graças ao uso do tablet como reforçador da terapia.”
Como o filho tinha interesses muito restritos e não ligava para brinquedos, os pais e a terapeuta passaram a usar o tablet para incentivá-lo a fazer as tarefas e a falar. “A gente diz: ‘Você vai fazer esse quebra-cabeça e depois pode brincar no iPad’.” Tem funcionado.
WORKSHOPAutor do livro “Autismo, Não Espere, Aja Logo” (Ed. M.Books, 136 págs. R$ 42), Paiva Júnior é outro entusiasta do tablet. Pai de Giovani, 5, ele usa o aplicativo Desenhe e Aprenda a Escrever, que custa US$ 2,99, para ajudar o filho na coordenação motora para a escrita fina.
“É um aplicativo que faz a criança escrever as letras de uma forma lúdica, comandando um bichinho que come bolos”, explica.
Outro programa que tem dado resultado é o Toca Store. “É um brinquedo virtual que facilita o ensino de como funciona o uso do dinheiro.”
A experiência positiva em casa fez Paiva começar a promover workshops sobre a utilização de iPad por autistas voltados para pais, profissionais e estudantes.
“O iPad não faz mágica nem vai melhorar a criança com autismo sozinho. É preciso sempre dar orientação, estar junto”, afirma Paiva.
Segundo ele, o mais importante é migrar para o mundo real. “Se ficarmos somente no iPad, vamos incentivar o isolamento, uma das principais características do autismo que queremos extinguir.”
O pai cita o exemplo doméstico. “Giovani começou a gostar de quebra-cabeça no iPad. Quando estava montando bem, comprei vários de verdade e montamos juntos no chão inúmeras vezes.”
Especialista no tratamento de crianças com autismo, a psicóloga Taís Boselli diz que o “iPad ajuda na comunicação, apesar do temor de que se transforme em comunicação alternativa e impeça as crianças de falar”.
Boselli ressalta a importância de estímulos precoce para melhorar o quadro, em especial os visuais. “Quando lhes damos um recurso visual, eles conseguem se comunicar. Por isso o sucesso do iPad no tratamento.”
ELIANE TRINDADECOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1255768-pais-de-criancas-com-autismo-usam-aplicativos-em-tablets-para-estimular-a-comunicacao.shtml

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Atividades de Coordenação Motora














atividades pontilhadas, atividades para treino da coordenação motora, atividades de coordenação viso-motora, atividades de grafomotricidade

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A criança autista

A criança com autismo se isola das pessoas. Foge do olhar e da voz dos outros, sobretudo quando se fala diretamente com ela.

O que caracteriza a voz humana e o olhar que faz com que se fuja deles?

Tanto o olhar como a voz implicam a subjetividade daquele que olha ou daquele que fala. Portanto, nesse âmbito há sempre uma dimensão do imprevisível. Não é difícil observar como a criança autista foge do olhar e da fala dos outros. Através dos testemunhos dos autistas podemos compreender que o sentido da comunicação não é evidente para eles. Isso porque falar não consiste apenas em passar informações, mas porque as palavras, ao serem ditas, deixam escapar os elementos propriamente subjetivos da pessoa que fala. E isso é o que retém a criança autista e faz com que ela se afaste. É como se ela se perguntasse: “Por que ele fala comigo? O que ele quer de mim?” Diante da dificuldade de dar sentido a essas perguntas, ela pode se sentir invadida por um sentimento de estranheza e de angústia.


Qual é a consequência dessa recusa da voz, das palavras dos pais, dos educadores e do resto das pessoas que a rodeiam?

A consequência de tudo isso é que, ou bem ela não fala e se mantém num mutismo ou, se concede em fazê-lo, ela se limita à repetição de uma palavra ou de fragmentos de frases que escutou em algum lugar.
Às vezes as palavras que ela escuta são apenas “ruído” para ela e ela guarda apenas algumas que lhe interessam particularmente.

Por que tanta dificuldade para falar?

Porque não é a mesma coisa compreender uma linguagem, inclusive conseguir pronunciar palavras, do que falar.
Há uma distância e uma diferença entre pronunciar e repetir palavras, e falar com os outros. Para poder aceder à função da fala capaz de se organizar num dizer ao outro, é necessária a interação com essa outra pessoa. Portanto, a recusa da criança autista aos outros lhe impossibilita ter acesso a essa função fundamental da palavra: a função de falar com os outros assim como aquela de escutar os que a rodeiam aceitando suas diferentes maneiras de se explicar.
O testemunho de Donna Williams, uma pessoa com autismo, nos ensina sobre a diferença entre repetir as palavras e utilizá-las para falar: Eu quero um guia que me siga. Estou num mundo de palavras que não me servem para falar. Eu gostaria de sair dele para compartilhar meu mundo com os outros. E os outros com o meu.

O que fazem as pessoas com autismo?

Como elas se organizam se vivem a presença dos outros de maneira tão intrusiva e isso lhes impede de aceder à função da fala para se organizar simbolicamente?

O que elas fazem, além dessa operação de isolamento e de defesa?


As crianças com autismo tratam de fazer para si um lugar na vida, a partir de si mesmos e a partir de um objeto que pode ser qualquer um que escolham e que, de alguma maneira, poderíamos dizer, as complete. 
Se nos fixamos no que elas fazem e não naquilo que supostamente deveriam fazer, poderemos captar sua intenção de alcançar aquilo de que carecem. Com efeito, suas repetições, seu jogos de alternância (abrir-fechar, ir-vir, acender-apagar) são esboços, ainda que falhos, para alcançar o simbólico; quer dizer, para ordenar simbolicamente o mundo.
Estas alternâncias são às vezes consideradas como estereotipias, condutas sem nenhuma função e se opta por tentar suprimi-las. Entretanto, temos que levar em conta que se trata de algo decidido que a criança faz, algo que lhe serve de algum modo para se acalmar, por exemplo. É fundamental levar isso em conta para podermos nos situar a seu lado. Só respeitando seus mecanismos de autodefesa e tomando seus atos como decisões próprias, como inventos para se darem um “certo” lugar, é que poderemos nos aproximar de uma outra maneira e conectar nossos dois mundos.
Trata-se de aprender a falar a sua “língua” e de compreender como funciona a subjetividade de uma pessoa com autismo. Estar ao seu lado implica em arriscar-se a estar junto com alguém que funciona com categorias diferentes das nossas e, ainda que não pareça, se esforça para compreender o mundo que o rodeia e fazer nele um lugar para si. Essa trajetória se compõe de perguntas próprias e de busca de respostas é o que nós todos fazemos. Esse é nosso próprio processo subjetivo, nosso caminho para construir uma realidade para nós mesmos. As crianças com autismo também o fazem, mas com mais dificuldade precisamente por terem se detido no acesso à linguagem. Se nós não levamos em conta esse projeto subjetivo, deixamos de lado o mais autenticamente humano delas. Nós podemos paradoxalmente encontrar-nos com crianças que sabem usar palavras para demandar ou indicar, mas que não podem dizer nada de si mesmas. E inclusive elas podem ter uma verdadeira desorganização mental quanto às explicações que elas tentam dar sobre aquilo que lhes interroga ou lhes preocupa
verdadeiramente.
É a partir dessa perspectiva clínica, de compreender aquele que não funciona necessariamente com nossas categorias, que podemos dar início a um tratamento que esteja à altura de seu autismo.
Há um salto e uma diferença entre pronunciar e repetir palavras, e falar com os outros. Para poder aceder à função fundamental da palavra que é a de falar com o outro, dizer algo a alguém, é necessária a interação com essa outra pessoa enquanto tal. E essa interação não passa unicamente por tomar essa pessoa como aquela que pode fornecer aquilo que a criança demanda, senão por uma interação entre os dois que vá além de sua necessidade concreta em um momento preciso. Apesar da demanda ser um primeiro passo na interação entre dois seres humanos, ela não é suficiente. Para que possamos falar de interação entre duas pessoas, entre a criança e o adulto nesse caso, nenhuma das duas pessoas pode permanecer reduzida a um objeto. E isso se resumiria a permanecer reduzido a um objeto (como um distribuidor automático, por exemplo) se a única função do adulto fosse, ao simples fato de escutar por exemplo a palavra “chocolate”, simplesmente se limitar a dá-lo. Não que isso não possa ser feito, mas se ela se reduz apenas a essa função, irão decorrer duas consequências disso:
-         A palavra permanece reduzida a um signo e não atinge a dimensão de símbolo
-         A interação social entre os dois não ocorre, quer dizer que não se atinge a outra função fundamental da palavra: o diálogo.

Aliás, no caso em que se utiliza um bombom como recompensa para que ela diga uma palavra, esta também permanece reduzida à função de signo. Além disso, forçar a emissão das palavras é contra producente. Isso é negativo porque o forçamento faz a criança recuar ainda mais na aquisição espontânea da linguagem.
Se a palavra da criança se reduz a um signo, mesmo se ela tem um valor comunicativo, isso não atinge a outra função fundamental da palavra que é o diálogo. Para que haja um diálogo, a subjetividade deve que estar em jogo. Para isso, tornar possível para a criança o acesso à tolerância da subjetividade dos outros, com o que isso comporta de imprevisibilidade, mas sem forçá-la a dizer e lhe dando seu tempo, assim como lhe oferecendo recursos para que possa fazer suas escolhas, é fundamental para aceder ao diálogo.
Podemos entender agora como a recusa da criança autista aos outros lhe dificulta aceder à palavra: a função de falar com os outros e de escutá-los aceitando suas diversas maneiras de se explicarem.

Tradução : Cristina Drummond