sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Pilares da Educação


fc_materia4_casa
Na educação da atualidade, a didática escolar deve ser baseada na premissa de que todo ato educativo tem especificidade própria, variando conforme as circunstâncias do contexto em que ele ocorre.

Essa didática deve estar permanentemente contextualizada e conectada, tanto com o sujeito que aprende (no caso o aluno), quanto com o mundo onde ele vive e com o qual convive. Uma ação didática significativa e efetiva é aquela que consegue intervir na realidade educativa, garantindo sua consistência pedagógica.
Coordenada pelo político europeu Jacques Delors, a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, elaborou e organizou o relatório para a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura) em que se exploram os Quatro Pilares da Educação: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a conviver e Aprender a ser.
A Educação deve estruturar-se em torno destes quatro aprendizados considerados fundamentais, que, ao longo da vida de cada pessoa, se tornarão os pilares de seus conhecimentos.
Aqui em nosso espaço informativo, a cada mês vamos aprofundar as reflexões em cada um desses pilares. Este mês vamos explorar com mais detalhes do pilar Aprender a Conhecer.
fc_materia4_via_lactea
Segundo o Relatório da Comissão da UNESCO, Aprender a conhecer visa “não tanto a aquisição de um repertório de saberes codificados, mas o domínio dos instrumentos do próprio conhecimento. Pode ser considerado simultaneamente como um meio e como uma finalidade de vida humana”.
Quando nos referimos ao meio de vida humana, devemos ter como meta o aprendizado que permite a compreensão do mundo que nos rodeia para desenvolver as capacidades de comunicação e profissionais. Em relação a finalidade da vida humana, referimo-nos ao prazer de descobrir, conhecer e compreender o mundo ampliando nossa autonomia e nosso senso crítico sobre ele.
E dado que as aprendizagens acontecem ao longo da vida, o “aprender a conhecer” abrange o incentivo a curiosidade intelectual de modo que se favoreçam as aprendizagens além do ambiente escolar.
A escola é um espaço de diferentes informações e vivências dinâmicas a cada dia. Diariamente, os alunos e professores estão expostos a inúmeras situações que visam novos conhecimentos e aprendizagens e, pela complexidade do processo de aprendizagem efetiva, nem sempre é possível ter certeza de que o aluno esteja aprendendo, por mais disciplinado que ele e o professor sejam.
Por isso, vale a pena focar na criatividade e na qualidade das aprendizagens, buscando colocar em prática esse Pilar da Educação nas propostas do dia a dia de sala de aula.
Para tanto, pode-se partir da indagação sobre:
  • Como ensinar os alunos a colocarem em prática seus conhecimentos?
  • Como contextualizar suas aprendizagens em suas atividades cotidianas?
  • Como adaptar o Ensino às possibilidades futuras que são imprevisíveis?
A ideia é encontrar conhecimentos e aprendizagens adequadas para garantir a qualidade e efetividade das mesmas.
Desse modo, o professor estará contribuindo para a formação de discentes preparados para um mundo de experiências polivalentes e dinâmicas.
A atuação docente deve pretender despertar em cada aluno o interesse pelo conhecimento, desenvolver sua capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a ampliar suas habilidades intelectuais e cognitivas que os permitam construir seu próprio pensamento crítico.
Não basta que cada um acumule uma quantidade de conhecimentos de que possa abster-se indefinidamente. É necessário despertar o prazer pelo descobrimento do conhecimento e pela sua compreensão, construção e reconstrução, de modo que não seja passageiro e que se mantenha através do tempo, valorizando a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente para aprofundar e enriquecer os conhecimentos e adaptar-se ao mundo de mudanças no qual vivemos.