terça-feira, 29 de abril de 2014

Como ler mais

É claro que tudo vai depender do seu desempenho como leitor. Se antes você conseguia ler em média 450 palavras por minuto, depois de colocar em prática essas dicas você provavelmente vai conseguir ler cerca de 900 palavras por minuto. Mas se você está interessado em saber como pode ser capaz de fazer grandes melhorias em termos de velocidade e compreensão, confira algumas dicas para começar a praticar a sua leitura:

1. A leitura não é linear
Como você lê um livro? Provavelmente do início ao fim, sem voltar em nenhum trecho, e não ignorando nenhuma frase. Porém, o livro sugere que esta é uma das formas mais ineficientes de se ler. Você pode pular linhas, ler só os pontos principais ou simplesmente ler em qualquer ordem. Embora o padrão seja ler do início ao fim, ele nem sempre é o mais eficaz. Tente mudar o foco da leitura, e comece a ler o que te interessa sem ficar preso no texto.
2. Pratique a leitura
A prática envolve o treino para desenvolver uma leitura mais rápida. No começo você não vai entender muito o que você está lendo porque o seu cérebro está acostumado a ir em um ritmo mais lento. Quanto mais rápido você começar a ler, mais o seu cérebro vai se acostumar com esse ritmo.
3. Use um marcador
Seus olhos não conseguem ficar fixados em um ponto durante toda a leitura? Para não se perder durante o texto use um marcador para facilitar a sua localização. Vai ser difícil se acostumar, mas depois verá que ele vai auxiliar no desenvolvimento e na rapidez da sua leitura.
4. Elimine distrações
Se você pretende terminar um livro em tempo record, elimine todas as suas distrações. Não faça nada além de ler o texto. Desligue a televisão, o rádio e não use o computador ao mesmo tempo. A leitura não pode acontecer em um ambiente com distrações externas.
5. Encontre a sua motivação
Se você precisa ler um livro encontre a sua motivação. Determine a finalidade da sua leitura para que você consiga se manter alerta e focado. Assim, a leitura irá fluir com mais facilidade.
Boa leitura!
Fonte: Universia Brasil

8 dicas para estimular seu filho a escrever

Como criar um ambiente favorável para despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita
Para qualquer lugar que se olhe é possível perceber: vivemos em um mundo letrado. Nomes de lojas, indicações no trânsito, anúncios, destinos de ônibus, embalagens de produtos, na caixa do brinquedo, no videogame, as letras estão por toda a parte, dentro e fora de casa. E por isso, o contato das crianças com a escrita acontece muito antes de isso ser trabalhado formalmente na escola.
São os pais, portanto, os primeiros a terem a oportunidade de apresentar esse maravilhoso universo a seus filhos e ajudar a tornar a escrita, mais do que algo prático, em um prazer. Não se trata, no entanto, de assumir a missão de ensinar o filho a escrever. Apenas criar (e manter) uma boa base para o trabalho que a escola fará depois.
“Tão importante quanto um ambiente que seja favorável e estimule a curiosidade é o respeito ao ritmo da criança. Não é saudável a ansiedade em ver o filho escrevendo precocemente, pois isso gera uma pressão que poderá levar a um desinteresse mais para frente”, comenta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Mesmo após o período de alfabetização, há muito o que fazer em casa. “É preciso trazer a escrita para a rotina e envolver a criança em situações nas quais ela é utilizada”, defende Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).
As duas especialistas apresentam dicas de como despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita.
Repensar a própria relação com a escrita
Para que o estímulo seja efetivo ele deve vir de alguém que tenha real envolvimento com a escrita. “É preciso deixar de encarar a escrita como um bicho-papão, enfrentar seus próprios medos e limites. Caso contrário é como alguém que não gosta de brócolis querer convencer o filho de que brócolis é gostoso”, afirma Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). “Quem tem dificuldades ou receios pode aproveitar o momento para vencê-los junto com a criança e criar novos hábitos relacionados ao ato de escrever”
Saber que tudo começa com a leitura
Quem lê bastante escreve bem. Seguir as recomendações de como incentivar o gosto pela leitura é também estimular a escrita
Criar um ambiente no qual regras são seguidas
Para escrever é necessário seguir regras. “Não posso escolher qualquer letra para escrever a palavra casa. É preciso seguir a convenção estabelecida e isso é mais facilmente compreendido por quem está acostumado com regras”, diz Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O ideal, então, é envolver a criança na dinâmica familiar, indicando que ela, assim com os demais membros da família, possui deveres. “Para os pequenos pode ser algo simples como colocar o travesseiro no armário. O importante é que haja algo e isso vá se ampliando conforme as condições de cada faixa etária”, explica
Usar a escrita rotineiramente
Manter papel e lápis ao alcance de todos da casa e não perder a oportunidade de usá-los nunca. “Chegou tarde em casa e o filho já estava dormindo? Deixe um bilhete dizendo que você passou no quarto dele para dar um beijo de boa noite”, exemplifica Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).
Outro bom momento é a hora de fazer a lista de compras do supermercado, que pode ser escrita de forma conjunta, até mesmo pelos menorzinhos (que podem “anotar” desenhando ou rabiscando que é preciso comprar sua bolacha favorita)
Promover jogos e atividades com escrita
Sua filha é fã de um ator ou grupo musical? Que tal, juntas, procurar fotos e informações e escrever um perfil dele? O menino torce para um time de futebol? Chame-o para fazer como você um cartaz do time, com as principais conquistas e jogadores famosos. Ou seja, a sugestão é aproveitar os assuntos de interesse para produções escritas.
“Mas é importante que isso não se torne uma obrigação. E é para ser feito a quatro ou mais mãos, de forma prazerosa. Não pode ser uma tarefa que a mãe passa para o filho fazer sozinho e que irá cobrar depois”, ressalta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
Valorizar a produção
“As primeiras tentativas da criança serão rabiscos. Ela fará um garrancho e irá dizer que desenhou a mãe, o pai, a avó. É preciso reconhecer este grande passo que é entender que um símbolo pode representar algo e não desestimular dizendo que aquilo não é o desenho de uma pessoa”, diz Silmara Carina Munhoz,
Isso vale para todos os momentos da escrita. Receber um bilhete e logo apontar que há erros como a falta de uma letra em uma palavra ou que, por exemplo, “casa” não é escrito com “z”, só irá reduzir a espontaneidade da criança.
Ao contrário, é preciso adotar pequenos gestos, como guardar um desenho ou um bilhete da criança, ou acompanhar o que o filho escreve em blogs ou nas redes sociais e interessar-me pela poesia que ele criou. “Isto mostra que você valoriza esta forma de comunicação”, comenta a doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB.
É importante também que os pais também produzam e compartilhem suas criações
Preocupar-se com a caligrafia na medida certa
Não é preciso exigir do seu filho excessos de capricho na letra. O importante é que seja possível entender o que ele quis escrever. Caso a letra prejudique o entendimento, vale chamar a atenção. “Um modo bastante prático é deixar um bilhete com um assunto de interesse de seu filho com trechos impossíveis de ler por causa da letra. Ele perceberá como isso atrapalha a comunicação”, sugere Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Uma saída pode ser os famosos cadernos de caligrafia. Mas o ideal é debater o assunto com o professor para buscar a melhor solução
Não abandonar o processo
O envolvimento da família com a escrita não pode ser encerrado só porque já se percebe que a criança ou o jovem já tem total autonomia no escrever. Os bons hábitos e atividades devem ser mantidos e ainda ampliados, tornando-se algo natural na rotina.
“É um erro comum. Pais deixam de ler histórias assim que seus filhos aprendem a ler, privando a criança daquele momento que ela tanto gostava, o que só desestimula”, comenta doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília)
Fonte: Educar para crescer

segunda-feira, 28 de abril de 2014

28 DE ABRIL - DIA DA EDUCAÇÃO

Como adquirimos todos os conhecimentos que temos? A maior parte do 

conhecimento humano se dá através do processo de educação.

Geralmente, quando se fala em educação, pensamos imediatamente em escolas, alunos, professores, livros, materiais pedagógicos. Ou seja, a palavra remete 
ao universo escolar.

Na escola encontramos nossos amigos queridos com quem brincamos,
conversamos e trocamos confidências. Nossos professores nos esperam todos 
os dias prontos para passarem um novo assunto. 

Além de transmitirem seus conhecimentos, nossos mestres também estão sempre prontos a nos aconselharem quando é necessário.

No entanto, a escola não é o único lugar onde a educação acontece. A educação existe tanto em sociedades tribais de povos caçadores agricultores ou nômades, quanto em socieda.des de países desenvolvidos e industrializados.
Há também a figura dos pais, pois são eles que complementam a educação das crianças, ensinando-as o que é certo, como devem se comportar e a respeitar o próximo.
O dia 28 de abril é dedicado a este importante elemento de aquisição e de transmissão de cultura.

Fonte: Turminha do MPF

domingo, 27 de abril de 2014

5 coisas que os meninos gostariam que seus pais soubessem

O que a figura paterna pode – ou não – transmitir aos filhos com simples gestos do dia a dia.

pai_filho_internet (Foto: shutterstock)

1) Eu me identifico com você
O pai é a primeira referência masculina do bebê, seja menino ou menina. Como as crianças incorporam as regras, de início, pela imitação, ele tem um papel fundamental na construção da identidade do menino. Com o tempo, outras figuras masculinas vão ganhar espaço, como tios, avós, professores, amigos, com as quais o menino irá comparar o exemplo paterno. Mas o impacto do primeiro modelo é tamanho que ele será levado pelo resto da vida, independentemente de ser aceito ou rejeitado.
 2) Eu vejo como você trata a minha mãe
Pela mesma razão, a postura do pai diante da mãe e de outras figuras femininas, seja em casa ou na rua, irá influenciar na maneira de a criança tratar as mulheres que cruzarem seu caminho, hoje e no futuro. Se o pai divide os cuidados da casa e dos filhos com a mãe, por exemplo, o menino irá absorver o comportamento com naturalidade.
4) Brincar de casinha é legal3) Eu não quero brigar na escola
Ainda hoje, dificilmente os pais de meninos admitem que os filhos homens percam alguma briga na escola. O conselho “se bater, devolva”, como se fosse a melhor maneira para resolver um conflito, estimula a agressividade, em vez do diálogo. O mesmo acontece quando o menino vê o pai brigar no trânsito com frequência, por exemplo.

Ao brincar de faz de conta, desempenhando papéis diferentes, as crianças estão tentando entender como funciona o mundo. A imitação é, portanto, um recurso de aprendizado fundamental para o desenvolvimento do seu filho – e quanto maior o repertório, melhor. Isso porque, ao se divertir com as mais variadas brincadeiras, ele estará expandindo seus potenciais.
5) Menino também pode chorar
O choro, ainda hoje, é relacionado à fraqueza, algo associado à condição feminina. Acontece que choramos por diferentes motivos, tanto de alegria quanto de tristeza. E todos têm o direito de manifestar seus sentimentos. Ser durão, afinal, é uma carga muito pesada para os homens, que dirá para os meninos! Por isso, em vez de reprimir as lágrimas do seu filho, que tal ajudá-lo a identificar o que está por trás de suas emoções?
Fontes: Ana Cássia Maturano, psicóloga; Germana Savoy, psicoterapeuta e consultora em ludicidade

Personagens de desenho “raspam a cabeça” em apoio a crianças com câncer

Hello Kitty, Garfield e Popeye estão entre os cartoons com novo visual para a campanha que celebra o Mês Internacional do Combate ao Câncer

Baldcartoons; campanha; GRAAC (Foto: Reprodução / baldcartoons.com)

Nese mês de abril, personagens queridinhos das crianças, como Garfiled, Snoopy e Hello Kitty estão de novo visual: todos carequinhas. A novidade é parte de uma campanha iniciada no ano passado pela agência de publicidade Ogilvy Brasil e pelo GRAAC (Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer) e que agora, no mês Internacional de Combate ao Câncer, ganha status de global.
O objetivo do movimento batizado de Bald Cartoons (ou Carequinhas aqui no Brasil) é causar identificação e mostrar que uma criança com câncer deve ser vista como qualquer outra, como contou, em nota, o diretor-geral de criação da Ogilvy Brasil, Roberto Fernandez: “Queremos reduzir o preconceito que existe ao redor da doença. Tanto uma criança com câncer quanto uma saudável tem o direito de ser feliz”.
Olivia Palito: baldcartoons (Foto: Reprodução / baldcartoons.com)

Mônica; baldcartoons (Foto: Reprodução / baldcartoons.com)

Hello Kitty; Baldcartoon (Foto: Reprodução / baldcartoons.com)
Fonte: Revista Crescer

Uso de tablets à noite atrapalha rendimento escolar das crianças, diz estudo

Para a Associação de Professores e Docentes da Inglaterra, crianças passam a noite nos aparelhos e, na manhã seguinte, vão sem ânimo e supercansadas para a escola.

Tablet_criança (Foto: Thinkstock)
Na Inglaterra, os pais estão sendo incentivados a proibirem o uso de tablets pelas crianças durante a noite. De acordo com estudo feito por membros da Associação de Professores e Docentes do país, o uso de tablets na hora de domir deixa as crianças cansadas, desobedientes e influencia negativamente no desempenho escolar delas.
Segundo o texto apresentado na Conferência Anual de Ensino em Manchester, na Inglaterra, os professores ouvidos pela Associação têm notado que muitas crianças vão para a aula esgotadas, irritadas e desinteressadas por ficarem até tarde usando os aparelhos.
Para Mary Bousted, secretária geral da Associação, as famílias devem proibir o uso de todos os dispositivos eletrônicos, incluindo TVs e computadores, horas antes de as crianças dormirem. “Tenho conversado com muitos pais sobre como é difícil retirar o tablet das mãos das crianças. Os pais avisam que elas devem desligar o aparelho e dormir, mas, duas horas depois, voltam para o quarto e elas ainda estão brincando com o tablet escondidas embaixo do edredon", disse.
Na sua casa a situação é parecida? O que você deve fazer não é proibir, mas controlar o horário de uso e o conteúdo acessível pelo seu filho. Confira abaixo outras orientações:
- Certifique-se de que a criança terá acesso somente a programas e jogos apropriados para a idade dela. Em casa, você pode instalar dispositivos que bloqueiam o conteúdo adulto na televisão e computadores. No caso dos tablets, vale colocar senhas para impedir seu filho de baixar qualquer aplicativo sem a sua autorização.
- Controle o horário de uso. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso de telas - incluindo TV, computador, videogames, celulares e tablets - por crianças maiores de dois anos deve ser de, no máximo, duas horas por dia.
- Programe a utilização dos aparelhor para o dia. Durante a noite não é indicado o uso, já que a luz da tela afeta a produção de melatonina, podendo prejudicar o sono do seu filho. Este hormônio é liberado quando o ambiente está escuro e prepara o corpo para o sono.
- Escolha aplicativos indicados para a faixa etária do seu filho e com conteúdo pedagógico, para que ele possa ampliar o seu conhecimento. Aplicativos de jogos da memória, quebra-cabeças e jogos de desafio podem ser algumas das opções.
- Cuidado com as redes sociais! Quando a criança passa a usá-las, é necessário ficar ainda mais atenta ao conteúdo que acessa.
- Quando seu filho estiver com amigos em casa, incentive que eles se divirtam sem aparelhos eletrônicos. Sugira brincadeiras ao ar livre ou então peça ajuda para preparar uma receita diferente.

Fonte: Revista Crescer.

Você é um pai ou mãe superprotetor?

Entenda quando o cuidado ultrapassa o limite do aceitável e passa a prejudicar a criança
Mulher; bebê; deitado; cama (Foto: Thinkstock)
Seu filho está tentando amarrar o tênis e você corre para terminar a tarefa por ele. Um amigo chama a criança para passear no parque e sua reação é de... medo. Você teme que ela se machuque, se perca dos adultos, fique desamparada.


Se você se identifica com essas situações, talvez seja hora de refletir se a sua vontade de proteger o seu filho está passando do limite. Há até uma metáfora para caracterizar os pais superprotetores, que desejam sempre estar por perto, de modo a evitar qualquer sofrimento ou decepção do filho. São conhecidos como “helicóptero”. Com a hélice sempre girando, a aeronave sobrevoa o território incessantemente. A qualquer sinal de perigo na terra, ela está pronta para pousar e prestar socorro.

Você deve estar pensando: mas meu filho tão frágil precisa ser protegido. Claro, mas com equilíbrio. “O limite é tênue. Cuidar é observar o outro e fazer uma análise realista do que está acontecendo. A superproteção é baseada na emoção e na dificuldade de tolerar uma possível frustração”, explica a psicanalista Anne Lise Scappaticci, da International Psychoanalytical Association (IPA). Vamos pensar em outro exemplo: seu filho está com notas baixas na escola. Diante disso, você pode conversar com ele e perguntar se está sentindo dificuldade, arrumar um cantinho especial para o estudo em casa e estabelecer um horário para que ele faça as lições. Já o pai superprotetor, no anseio de ajudar, ficaria ao lado e resolveria até alguns exercícios pela criança. Dessa forma, preveniria a decepção do filho em não conseguir solucionar de imediato um problema.

O que essa atitude dos adultos representa? De acordo com a psicanalista, a superproteção costuma surgir de pessoas amorosas, bem intencionadas, mas que não conseguem tolerar a própria ansiedade para educar o filho. Elas são, na maior parte, inseguras e tendem a se antecipar e não deixar que a criança viva experiências novas. Outra característica comum é desconsiderar a idade e o crescimento do filho – o casal o educa como se fosse sempre pequeno e indefeso.



As consequências da superproteção


Na intenção de fazer o melhor para o filho, o jeito “helicóptero” de alguns pais acaba atingindo o desenvolvimento da criança. “Ela cresce com a sensação de ser frágil”, afirma a psicanalista. Se não é convidada para uma festinha na escola e você prontamente compra um presente para compensar a decepção dela, está contribuindo para que não experimente a dificuldade.

Estudos mostram os efeitos negativos de superproteger os filhos. Um deles, publicado no Journal of Child and Families Studies, descobriu que esse comportamento dos pais aumenta o risco de a criança se sentir incompetente, sofrer depressão e ansiedade - consequências que muitas vezes podem surgir a longo prazo. Outra análise, feita a partir da revisão de 70 levantamentos, envolvendo mais de 200 mil crianças, da University of Warwick, no Reino Unido, revelou que a superproteção aumenta também o risco de bullying.

OK, a gente sabe como é duro presenciar momentos de sofrimento e frustração dos nossos filhos. Mas, se eles não existirem, algumas habilidades não serão desenvolvidas. Acredite: a tensão e até a solidão podem contribuir na formação de um adulto independente e consciente, disposto a enfrentar o mundo – sem esperar que tudo seja feito por ele –, a arriscar e... errar. São situações que preparam o seu filho para o mundo.


É trabalhoso encontrar o ponto certo entre negligência e superproteção. Que tal, em vez de ser um pai ou mãe helicóptero, você se tornar um “submarino”? Essa metáfora, citada no livro Fun-Filled Parenting: A Guide to Laughing More and Yelling Less, de Silvana Clark, alude ao perfil de adulto que está por perto, cuidando do filho, mas não tão visível. Só sobe para a terra quando realmente for necessário, mas não abandona nem deixa de entrar em contato com a criança. Cuidar é um investimento. Quando seu filho estiver treinando para algo novo, como comer com talheres corretamente, fique ao lado, incentivando – e não faça por ele. Se for ao clube com amigos, se informe das regras do local e dos horários mais seguros para frequentá-lo. Solte-o aos poucos, de acordo com o amadurecimento que ele manifestar. Sim, é possível cuidar bem sem superproteger.

Para ajudar você, pontuamos algumas situações em que a hélice do helicóptero tende a começar a girar... E saiba o que fazer para que seu filho cresça e viva experiências enriquecedoras e divertidas (mesmo longe de você).



No parque


Ao dividir os brinquedos...

Sinais de superproteção: Seu filho leva vários baldes e pazinhas para o parquinho. Quando chega ao local, um menino que está na areia não tem nenhum brinquedo. Você logo pensa: “Eles vão brigar e disputar pelos objetos.” Para prevenir o atrito, escolhe um dos baldes e já empresta para o garoto.

O que fazer: Essa seria uma boa oportunidade para se relacionar com um novo amigo. Fique por perto, mas deixe-os à vontade. Se o outro menino quiser brincar junto, sugira que seu filho empreste um dos brinquedos. E se ele disser não? Explique que é legal quando todos se divertem, ainda mais juntos. Faz questão de ficar com o balde azul? Então pode dar a pá vermelha para o novo colega.

Ao se aventurar no playground

Sinais de superproteção: A criança está morrendo de vontade de experimentar o escorregador mais alto, mas você está com medo de que ela se machuque. Então acha melhor que ela não experimente o brinquedo.

O que fazer: Se você tiver medo que seu filho caia do escorregador, fique ao lado dele e o oriente para subir as escadas com cautela. Use um tom de voz suave, sem apavorar ou deixar a criança tensa.

Em geral, os pais superprotetores tendem a projetar seus medos nos filhos. Em vez disso, você pode contar seu temor a ele, mas estabelecendo uma parceria. Não precisa fingir que é um super-herói – diga que tem medo de montanha-russa, mas que está tentando superar isso. Sugira a ele que vá com outra companhia, como seu companheiro. Afinal, cada um tem suas inseguranças e elas não precisam ser transmitidas nem escondidas.


No computador



Sinais de superproteção: Seu filho quer navegar na internet e jogar no computador, mas você teme que ele sofra cyberbullying, tenha acesso a conteúdos impróprios ou seja vítima de golpes online. Por isso, proíbe qualquer contato com esse tipo de tecnologia.

O que fazer: Essa proibição total não é positiva. Provavelmente, ele irá à casa de um amigo e aproveitará para descobrir o que há de tão misterioso na web. É importante analisar a idade da criança e apresentar a ela o que condiz com sua faixa etária. Fique ao lado para orientá-la e explique os motivos de ainda não permitir que ela entre em um site de notícias, por exemplo. O diálogo é um bom caminho para que seu filho entenda a razão de uma regra. A permissão ao acesso à internet deve ser gradual, assim como o tempo que pode ser dedicado a ficar em frente à tela.


Longe de casa

Sinais de superproteção: A criança é convidada para um acantonamento (quando dorme na escola) ou para passar a noite na casa do amigo. Você liga para a mãe do colega ou para a diretora e faz todas as perguntas possíveis sobre o programa. E pior: demonstra para seu filho que não está satisfeito com o convite.

O que fazer: Em geral, as crianças são como esponjas: por mais que você não diga explicitamente que não quer que seu filho durma fora de casa, ele absorverá sua angústia. E, consequentemente, captará a insegurança e passará a ver a experiência como algo perigoso. Dessa forma, é provável que ele desista da brincadeira.

A consequência pode vir a longo prazo. A criança perceberá que é a pessoa mais importante para os pais e que eles fazem questão de sua presença em tempo integral. Por isso, passam a achar que, se saírem com amigos, estarão deixando a família abandonada. Gostar de outra pessoa, fora desse círculo, passa a ser encarado como uma “traição” a quem tanto o ama.

Nesse momento, tente se lembrar de que será um passo importante para a independência da criança. Se é um desejo do seu filho, incentive-o a passar a noite na escola ou na casa do amigo e diga tudo o que será divertido nessa experiência. É claro: você pode ligar para os pais do colega ou para a diretora, desde que faça questionamentos pertinentes. Deixe seus contatos, caso ocorra alguma emergência e precise ser informado. Mas nada de querer saber detalhes desnecessários, como o horário exato em que a criança se deitará, combinado? Afinal, esse é um momento de lazer, e uma exceção na rotina não será prejudicial.

Na escola

Ao voltar às aulas

Sinais de superproteção: Seu filho chora assim que chega à porta da escola. Você fica com o coração partido, segura-o no colo e volta para casa, onde estará mais seguro.

O que fazer: Tente acalmá-lo e explique que está tudo bem. Nos dias de adaptação, fique na escola – seu filho se sentirá mais seguro com sua presença próxima. Aos poucos, ele ganhará confiança e nem se lembrará do medo! Desistir e retornar ao lar é o mesmo que dizer à criança que ela tem razão e que a escola realmente é um lugar perigoso.

Ao saber que seu filho se envolveu em uma briga

Sinais de superproteção: Você descobre que seu filho brigou com um colega de sala. No mesmo momento, telefona para a mãe do amigo e pede satisfações. Vai até a escola e discute com a coordenadora, por considerar um absurdo que qualquer conflito ocorra na instituição de ensino.

O que fazer: É importante que seu filho aprenda a se relacionar e a administrar tensões. Primeiramente, pergunte a ele o que motivou a discussão. Depois, quando estiver mais calmo, converse com a coordenadora da escola e a informe sobre o conflito, para que ela tome as providências necessárias – como contar sobre o ocorrido para a professora, por exemplo.

Fonte: Revista Crescer.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Os 12 erros que os pais cometem

 

1: Mantenha os filhos longe dos conflitos dos adultos
2: Ensine os filhos a serem responsáveis pelos próprios atos
3: Oferecer aos filhos opções de escolha
4 : Focar nas habilidades dos filhos e não nas fraquezas
5: Mantenha suas promessas
6: Ensine os filhos que eles não estão neste mundo à passeio
7: Ensine os filhos a aprender com os próprios erros
8: Seja consistente com as regras
9: Oriente seu filho, jamais faça por ele
10: Pare, preste atenção e ouça
11: Faça o que eu digo, e faça o que eu faço
12: Quais os valores da sua Família?

Estas dicas foram estraídas do livro: "Os 12 erros que os pais cometem" de Roseli Brito. Estas orientações são bem legais para serem distribuidas para os pais na escola ou para orientar as famílias numa reunião de pais.

Atividades de Casa - Orientações para os pais

ATIVIDADES DE CASA
ORIENTAÇÕES PARA OS PAIS

1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam. Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu, ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele. É preciso desenvolver na criança sua autonomia e responsabilidade para fazer a atividade.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas. Crie uma rotina de estudo e acompanhe para ver se esta rotina está sendo cumprida. Estabeleça horário para estudar, horário para brincar e assistir TV, e horário para dormir.

3. Troque idéias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.
4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor,aponte os erros e faça ele pensar porque está errado.
5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Peça para ele ler novamente. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta.
6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Eleve a auto-estima de seu filho. Não inferiorize seu filho com afirmações do tipo: “você é burro”, “você nunca vai aprender”, “você não entende nada”, você é preguiçoso”, etc. As palavras têm força! Lembre-se que a motivação nasce a partir do elogio e do reconhecimento, e não da crítica. Portanto, valorize cada acerto, cada pequeno avanço e mostre que ele é capaz.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Sua crítica à tarefa ou ao professor pode desmotivar seu filho e até mesmo tirar a credibilidade do professor e, conseqüentemente, da tarefa de casa e de seus objetivos.
10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Abraços!!!


Fonte: Blog Educação de valor.

Transforme seu filho numa pessoa livre e responsável

“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.” 

Paulo Freire. 

 


O que os Pais podem fazer para transformar o filho num ser humano livre e responsável.

1. Não dê à criança tudo quanto ela queira. 
Desde pequena a criança deve aprender a ouvir um não. Aprendendo agora a dizer um não ao lícito, mais tarde ela saberá dizer também não ao ilícito. 

2. Aponte os erros que seu filho comete.
Quando ele se embrenha nas sendas do mal, mostre o caminho do bem.Nos momentos de perplexidade, esclareça sua dúvida.Ensine e ajude seu filho a escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Ajude-o a seguir o caminho do bem abraçando sempre a verdade. 

3. Dê a seu filho também uma educação espiritual. 
Seu filho não é apenas corpo e sensibilidade, mas possui também uma essência não física; uma essência que precisa conhecer e amar as forças superiores da natureza.Se ele perder a confiança no supremo, se perder o sentido da vida, se desconhecer o destino imortal do homem, se não esperar mais nada para depois da morte, só lhe resta um caminho a seguir: gozar a vida no momento presente e, para isto, irá servir-se de todos os meios, bons e maus, proibidos ou permitidos.Um homem que não nutre esta essência é uma caricatura humana.Um homem que não enxerga o eterno é um homem morto antes do tempo. 

4. Não confunda as Coisas...Quando seu filho deixar espalhados pelo chão roupas, sapatos, livros, brinquedos, faça-o apanhá-los. 
Mas faça como amor, bondade e carinho e não de maneira agressiva ou irritada.Com gritos nunca se educa uma criança. Educa-se com energia, amor, carinho, bondade e compreensão. 

5. Não brigue nem discuta na presença do filho.
Quando os pais discordarem ou se desentenderem, procurem evitar a discussão diante dos filhos. Falem e discutam a sós.Brigas e discussões na presença dos filhos, além do mau exemplo que os pais dão, provocam na alma da criança conflitos de ordem emocional irreversíveis e muitas vezes de graves conseqüências.A harmonia e união entre os pais revertem em benefício para os próprios filhos. 

6. Não dê a seu filho quanto dinheiro ele pedir. Quem não se contenta com pouco, nem o muito o satisfará jamais.O dinheiro fácil na mão do seu filho abre caminho para muitos erros, pois a riqueza mal empregada abre as portas do mal.Seu filho deve aprender quanto custa ganhar dinheiro.Se desde pequeno ele não sabe quanto custa o dinheiro, ele só deseja uma coisa na vida: ganhar muito dinheiro com o mínimo de esforço e gozar o máximo a vida.Dinheiro fácil nas mãos do seu filho leva-o a confiar mais no poder da moeda do que em sua força de vontade, em sua dignidade moral e capacidade intelectual.Faça com que seu filho mereça o dinheiro que recebe. 

7. Não satisfaça todos os desejos e caprichos do seu filho em matéria de comida, bebida e conforto.
Ele deve aprender a fazer sacrifício, a renunciar um gosto pessoal, a dizer um não a um capricho e deixar de ser voluntarioso.O comodismo enterra todas as aspirações humanas e é o maior obstáculo do progresso.Formar a vontade do filho não é fazer todas as suas vontades.Forme a vontade dele para que rejeite sempre o mal e queira sempre só o bem. 

8. Quando seu filho entrar em conflito com professores, polícia, vizinhos e colegas, não tome seu partido sem antes examinar bem o fato e ver de que lado está a razão.
Um erro é tomar sempre o partido do filho apenas por ser filho, sem procurar saber a origem do conflito e ver com quem está a razão.É preciso ver, analisar, julgar e dar razão para quem a merece.Não é somente o filho do vizinho que pode errar; o seu também está sujeito ao erro.Ninguém é perfeito; seu filho também está dentro desta regra.Seja justo e dê razão a quem tem de fato. 

9. Olhos Abertos significa atenção...
Quando ele entrar numa contenda mais séria, não o desculpe com estas palavras: "Ele sempre foi impossível; ele é assim mesmo." Isto fará com que seu filho permaneça no erro e abrirá caminho para faltas mais graves, pois ele sabe que pode contar sempre com a cumplicidade indulgente dos pais. A indulgência excessiva é sempre cúmplice do crime.Seja indulgente, mas sempre dentro da ordem, da energia bondosa e da disciplina. 

10. Não faça comparações das virtudes e dotes do seu filho em relação aos outros. 
Fazendo isto, você estará implantando nele o vírus da intolerância, a discriminação pessoal e social, e o menosprezo pelos demais.Um elogio deve ser feito de maneira discreta, a sós, e com muito cuidado.Os pais, costumam rotular os filhos de acordo com sua própria conveniência, e isto abre espaço para que vejam nos filhos, qualidades que muitas vezes não possuem, causando frustrações nos mesmos com o tempo. 

11. Qualquer tipo de vício é prejudicial para os adultos e muito mais às crianças.
Se tiver algum vício, lute para livrar-se dele, e o faça diante do seu filho, sempre demonstrando a ele os malefícios do mesmo e sua luta pela liberdade.Sua criança não mereçe compartilhar de um capricho danoso como o seu.Se você tem amor de fato por ele, livre-se do vício, só, e apenas desse modo, poderá lhe cobrar mais tarde com eficiência, caso ele se caia numa dessas armadilhas.Para o filho, o exemplo de probidade dado pelo pai é mais importante do que todas as opiniões que ele vai encontrar pelo resto da sua vida. 

12. Feito tudo isso, prepare-se para uma vida de harmonia, alegrias e felicidade. É o seu merecido destino.

Fonte: Blog Educação de valor.