quinta-feira, 14 de setembro de 2017

História dos Surdos

Principais momentos históricos da Educação de Surdos

No século XV Não havia escolas especializadas para surdos.
Pessoas ouvintes tentaram ensinar os surdos. O atendimento escolar especial as pessoas deficientes, teve seu início no Brasil no século XIX na década de cinquenta.

A primeira escola de surdos no Brasil foi criada pela Lei nº  839, de 26 de setembro de 1857, por Dom Pedro II, no Rio de Janeiro.

 Século XVI - Giralamo Cardamo, italiano que utilizava sinas e linguagem escrita.

- Pedro Ponce de Leon, um monge espanhol utilizava além de sinais, treinamento da voz e leitura dos lábios. Nascido em data indeterminada e tendo vivido até 1584, Ponce tinha por objetivo ensinar os surdos a ler e escrever. Era herbólogo e também manipulava alguns remédios a base de ervas com o intuito de “curar” e fazer falar os surdos.

- Girolamo Cardano (1501-1576) era médico filósofo que reconhecia a habilidade do surdo para a razão, afirmava que “... a surdez e mudez não é o impedimento para aprender e o meio melhor é através da escrita... e é um crime não instruir um surdo-mudo.” Ele utilizava a língua de sinais e escrita com os surdos.


 Século XVII

-Surge a Língua de Sinais utilizada por Abade L’Epèe na educação dos surdos. Ele inaugurou a primeira escola para surdos. Em 1760, na França, o abade L´Epée (Charles Michel de L´Epée:1712 -1789) iniciou o trabalho de instrução formal com duas surdas a partir da Língua de Sinais que se falava pelas ruas de Paris utilizando para esse fim além da Língua de Sinais, a datilologia (alfabeto manual) e sinais criados artificialmente, obtendo grande êxito, sendo que a partir dessa época a metodologia por ele desenvolvida tornou-se conhecida e respeitada, assumida pelo então Instituto de Surdos e Mudos (atual Instituto Nacional de Jovens Surdos) em Paris como o caminho correto para a educação dos seus alunos.

 Século XVIII Na Europa usavam-se duas modalidades de ensino:

•Gestualismo – método alemão.
•Oralismo – método Frances. A grande maioria dos surdos defendia o Gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo – por exemplo, Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.

Em resultado da evolução nos campos da tecnologia e da ciência, no século XX, particularmente no campo da surdez, a educação dos surdos passou a ser dominada pelo oralismo (que encara a surdez como algo que pode ser corrigido). No entanto, sem a cura da surdez os insucessos do oralismo começaram a ser evidenciados, pois os surdos educados neste método não conseguiam um emprego, comunicar com ouvintes desconhecidos ou manter uma conversa fluída.

1857 – Brasil

Fundada a primeira escola para surdos no Brasil pelo surdo francês Ernest Huet. Hoje esta escola tornou - se Instituto de Educação de Surdos- o INES. O dia do surdo é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à inauguração da primeira escola de surdos do Brasil em 1857, o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). O filho de Thomas Hopkins Gallaudet, Edward Miner Gallaudet, ajudou a iniciar a Columbia Institution for the Deaf and Blind, em Washington, DC, que mais tarde se tornou Gallaudet University. A Gallaudet University é a primeira instituição mundial de ensino superior para Surdos. Em meados do século havia mais de cento e cinquenta escolas europeias e vinte e seis nos EUA que utilizavam a língua gestual nas aulas. Neste país, um terço dos professores de surdos eram surdos.

 1880- Clímax da historia de surdos Congresso Internacional de

 Professores de Surdos – Milão Duelos polêmicos= língua de sinais x oralismo

 Temas:

 • Os sujeitos surdos ficam subjugados às práticas ouvinistas.
 • Tempo de instrução.
 • Número de alunos por classe.
 • Trabalhos mais apropriados aos surdos.
• Enfermidades, medidas curativas e preventivas. Turbulência na educação dos surdos. Surgiu o Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão – Itália, onde o método oral foi votado o mais adequado a ser adotado pelas escolas de surdos e a língua gestual foi proibida oficialmente alegando que a mesma destruía a capacidade da fala dos surdos, também argumentando que os surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a usar a língua de sinais.

 11 de setembro 1890

 Votação – na Europa Língua de sinais X oralismo

Oralismo X misto - Sujeitos surdos excluídos da votação. Na ocasião de votação, durante a assembleia geral realizada no congresso, todos os professores surdos foram proibidos de votar e excluídos. Dos 164 representantes presentes ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o oralismo puro. Estas recomendações foram aceites pelas delegações alemã, italiana, francesa, inglesa, sueca e belga. Só o grupo americano, liderado por Edward Miner Gallaudet (1837-1917), se opõe. Dos 255 participantes, só três eram surdos. O método oral torna-se indiscutível.

Resultados

Históricos - antes do congresso os povos surdos não tinham problemas com educação. Sujeitos surdos dominavam a arte e a escrita.

Depois do Congresso – Professores surdos perderam seus empregos e as línguas de sinais foram forçadamente substituídas por métodos orais. Qualidade da educação dos surdos diminuiu devido a predominância do oralismo puro na forma de ouvitismo. No oralismo existe exaustivo treinamento auditivo. E desenvolvimento da fala associada à leitura labial. Qualidade da educação dos surdos diminuiu devido a predominância do oralismo puro na forma de ouvitismo. No oralismo existe exaustivo treinamento auditivo. E desenvolvimento da fala associada à leitura labial.


BRASIL

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - é um sistema linguístico legítimo e natural, utilizado pela comunidade surda brasileira, de modalidade gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Língua portuguesa falada no Brasil. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou na capital fluminense com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O material trazido pelo conde, que era surdo, deu origem à Língua Brasileira de Sinais (Libras).



A LIBRAS possibilita o desenvolvimento linguístico, social e intelectual daquele que a utiliza enquanto instrumento comunicativo, favorecendo seu acesso ao conhecimento cultural-científico, bem como a integração no grupo social ao qual pertence. Graças à luta sistemática e persistente das pessoas com deficiência auditiva, foi reconhecida pela Nação brasileira como a Língua Oficial da Pessoa Surda, com a publicação da Lei nº 10.436, de 24/04/2002 e a Lei nº 10.098, de 19/12/2002.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Matemática Montessori - Crivo



CRIVO DE ERATÓSTENES

Conhecido popularmente nas escolas montessorianas apenas como "Crivo", foi criado por Eratóstenes para isolar números primos. Esse material foi introduzido pela linha Lubienska: não foi escolhido pela própria Maria Montessori, mas foi incorporado ao método por sua natureza. A primeira vez que tive contato com ele foi numa unidade do Kumon: passei cerca de meia hora conversando com a coordenadora do curso enquanto Vinícius, então com 4 anos, postava-se absolutamente encantado diante da caixa de madeira e suas pecinhas. A princípio você  pode se perguntar: "Mas afinal o que tem isso de tão interessante? São apenas pecinhas de 1 a 100". Mas a necessidade premente de ordem e a atração por sequências que as crianças naturalmente têm, fazem desse material um ímã: elas não resistem a manipular as pecinhas e encontrar padrões.

Seus objetivos pedagógicos, a princípio, são: trabalhar a contagem linear, sequência numérica, ordem ascendente e descendente, conceito de antecessor e sucessor, preparar para o conceito de múltiplos, e é uma atividade ótima para se trabalhar em grupo (inclusive de irmãos, para quem faz homeschooling). 

Esse material recebe vários nomes, e nos EUA é mais conhecido como "Hundred board", ou tabuleiro da centena. 


Como minha atual situação financeira não permite que eu compre nem mesmo as coisas com precinhos legais que vejo por aí (mais ou menos umas 200 coisas do tipo que vejo por mês), resolvi fazer eu mesma meu crivo. Sou um horror com habilidades manuais, sempre sofro para fazer qualquer coisa artesanal, e mesmo assim sempre sai torto ou esquisito. Mas gostei do resultado final, e isso é um incentivo para quem também não se acha muito prendada. Se você também deseja arriscar, o material que usei foi o seguinte:

- 4 jogos do Alfabeto imagens IOB como o da foto ao lado, cada um vem com 27 quadradinhos de madeira e adesivos para colar neles. Você guarda os adesivos para usar de outra maneira e aproveita os quadradinhos.
- 1 quadro verde de 40cm x 30 cm, cujo espaço interno (dentro da moldura) é de 36cm x 25,5cm

- 1 pedaço de EVA mais grossinho.
- 1 caneta marcador
- 1 estilete, 1 régua, cola de contato
Considerando que algumas dessas coisas eu já tinha em casa, meu crivo saiu pelo preço de R$ 17,00. E eu adorei fazê-lo.

Modo de fazer:
- Com a régua, meça as pecinhas de cada lado do quadro e trace linhas horizontais e verticais com a canetinha marcador sobre a base verde. Faça de modo a desenhar 100 quadrados, dez por linha.

(claro que ficou tortinho, porque eu quem fiz, mas adorei. Errei o nome do matemático do crivo na plaquinha mas já corrigi o sacrilégio)

 - Numere os quadradinhos de madeira de 1 a 100 e vá encaixando um ao lado do outro até preencher tudo. Meça o espaço que sobrou e corte, com o estilete, um pedaço de EVA grosso que preencha o restante do quadro. Cole-o sobre o espaço restante na base verde com cola de contato.

- Imprima uma página do crivo completo para controle de erro (Uma sugestão é esse SITE AQUI), de preferência cobrindo-a com papel contact transparente, e guarde as pecinhas em um estojo.


 (Escolhi esse gaveteiro porque dá para colocar as pecinhas e também os cartões com as contas escritas que eles vão usar no material de matemática)

Modo de usar:

Essa é a parte divertida, encontrar as mais diversas formas de usar. Vamos dar algumas sugestões mas você pode ser surpreendido por novas formas que a própria criança inventará para explorar esse material.

1 -  Na apresentação (parte em que o adulto intervém para mostrar o material pela primeira vez), utilize as formas mais simples: retire as pecinhas da caixa, e comece a arrumá-las sobre o quadro na sequência numérica de 1 a 100. Você não precisa fazer tudo, a criança pode continuar sozinha, assim que tiver entendido.

1a - Faça a sequencia em linhas horizontais
1b - Depois em colunas verticais.

1c - Depois  faça a sequência da primeira coluna na vertical, para posteriormente completar as linhas horizontais, fileira por fileira.
(Clique na imagem para aumentar)

Veja que lindo vídeo de apresentação do material gravado lá no Paquistão:

2 - Deixe a criança preencher o crivo de acordo com sua própria ordem mental, à sua maneira.


3 - Contagem alternada: a criança preenche o quadro com as pecinhas de 2 em 2, de 3 em 3, de 4 em 4 e assim por diante. Isso a prepara para o conceito de múltiplos que será estudado mais tarde. Ela pode registrar essa contagem com lápis colorido em um crivo impresso, cancelando os numerais que não foram colocados no crivo.


4 - Preencher com o valor que falta. Nessa versao, a criança é apresentada a uma sequência incompleta e ela vai ter que escrever ou colocar as pecinhas que faltam. NESTE SITE é possível criar diversos tipos de tarefinhas com mais ou menos peças faltando (ele calcula por porcentagem).
 

5 - Jogos para trabalhar números primos, fatores e múltiplos, quebra cabeças, e achar as figuras escondidas no crivo: uma centena de possibilidades.


6 - Para trabalhar antecessor e sucessor, essas casinhas fofas.

7 - Não ache que já é muita coisa até olhar ESTE SITE AQUI, com mais 28 sugestões de como explorar o crivo (em inglês, mas a maioria dos links sãp auto-explicativos).

Para quem usa iPad, um app com diversos padrões para explorar no crivo. Necessário saber os números em inglês (clique para abrir a página do desenvolvedor). 

Este outro parece ser mais simples, só para manipular virtualmente as pecinhas (clique para abrir).
NOTA:
Para quem ficou intrigado com o fato da plaquinha mencionar também a "Tábua de Pitágoras" adianto que é o nosso próximo post sobre o assunto. Usando o mesmo material é possível contruir essa outra tábua, e abrir ainda mais possibiliades para o aprendizado eficaz e interessante da matemática.

Atualização em Abril/2014
Achei fantástica essa ideia que pesquei no grupo de Homeschooling. Especialmente para crianças que estão começando a ter noções de adição e subtração.


 Hergg Educativos, o jogo se chama "Lógico", e a proposta é completar a sequência numérica, mas também pode ser utlizado de outras maneiras.

(clique para aumentar)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Alfabeto Silábico: Fichas para Imprimir – Leitura e Escrita para Alfabetização Inicial

Várias fichas prontas para imprimir para trabalhar o alfabeto silábico de várias formar: O professor pode trabalhar leitura e escrita através de jogos da memória, bingos e outros.
O aprendizado é garantido, e os alunos vão amar ! As Fichas para Imprimir do alfabeto silábico está pronta para uso e com ilustrações, que facilitam ainda mais a vida dos pequenos.
Alfabeto Silábico: Fichas para ImprimirAlfabeto Silábico: Fichas para Imprimir
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As fichas de leitura para a alfabetização são muito importantes para o aprendizado da criança e, principalmente, dão resultado quando mandadas para casa como tarefa dos alunos e com o devido acompanhamento dos pais em casa, para que a criança leia e vá se aprofundando na alfabetização.