quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Habilidades de Lazer dentro da Ciência ABA

As habilidades de lazer são aquelas habilidades, interesses e hobbies que a maioria de nós tem e que servem à função de relaxamento, descontração ou simples prazer.
Esta é uma habilidade importante na vida.
Em um programa ABA, às vezes, pode ser fácil concentrar-se na aquisição de habilidades, preencher lacunas no desenvolvimento e perder a visão geral.
Por que uma criança de 3 anos precisa saber como se divertir sem envolvimento de adultos? Porque um dia ele terá 19 anos.
O que ele fará então quando estiver entediado, ou mamãe e papai estiverem ocupados? Girar em círculos? Ficar sentado na mesa da cozinha? Ou será que ele poderá ir aonde estão seus brinquedos, pegar um e brincar.
Se estou sozinha, entediada, frustrada, agitada, não preciso de alguém para me dar algo para fazer. Eu tenho a capacidade de pensar em uma atividade, participar dessa atividade e concluir a atividade independentemente.
Por isso a IMPORTÂNCIA de ensinarmos essa habilidade.
Mas…
só porque você acha que um jogo / atividade / brinquedo será agradável para seu filho não significa que eles concordarão.

Entenda que as habilidades de lazer provavelmente precisarão ser repetidamente ensinadas e reforçadas antes de você ver seu filho começar a escolher espontaneamente e independentemente um jogo ou brinquedo para interagir.
Os comportamentos inadequados precisam ser colocados em extinção ou num reforçamento diferencial a fim de ensinar as habilidades de lazer para a criança. Não tente competir com os comportamentos de bater palmas, de ficar rolando, ou cantando músicas, que sem um plano, você perderá.
Em vez disso, reforce o que você quer que eles façam (sentar e brincar) e redirecione o que você não quer que eles façam.
Por fim, o estímulo sistemático é seu amigo. Se estou trabalhando com uma criança que está acostumada a passar seus dias brincando na pia da cozinha e cantarolando, não posso esperar que ela seja imediatamente capaz de brincar com um jogo de 30 minutos. Isso é completamente errado.
Comece com um nível de expectativa em que seu filho possa ter algum sucesso.

Dani Botelho ABA

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ABA NA ESCOLA/COMPORTAMENTO


Comportamentos inapropriados podem ser abordados e minimizados, observando as necessidades individuais do aluno. ⠀
Identifique possíveis distrações na sala de aula, como ruídos, iluminação, janelas ou movimento de outros alunos. ⠀
Em seguida, pense no design da sala de aula e em como você pode organizá-lo da melhor maneira para minimizar essas distrações e atender às necessidades dos alunos. ⠀
Usar divisórias, organizar as mesas dos alunos para reduzir as distrações visuais, manter o nível de ruído da sala baixo, suavizar luzes fortes ou brilhantes e modificar outras distrações em potencial são exemplos de estruturação da sala de aula para o sucesso.⠀
Uma avaliação do comportamento funcional pode ser usada quando a intensidade, duração ou tipo de comportamento que interfere cria preocupações de segurança ou afeta o desenvolvimento de uma criança.⠀
Algumas crianças possuem comportamentos que interferem no aprendizado e podem criar problemas de segurança, como comportamentos agressivos.⠀
Quando um aluno exibe regularmente um comportamento interferente ou inapropriado, é necessária uma avaliação de comportamento funcional, ou FBA (Functional Behavior Assessment). ⠀
Essa avaliação pode ser usada para ajudar a equipe de um aluno a desenvolver uma hipótese sobre a razão do comportamento e selecionar SUPORTES comportamentais eficazes para lidar com o comportamento interferente.⠀
Um FBA consiste no seguinte conjunto de estratégias:⠀
Descrever o comportamento inapropriado,⠀
Identificar os eventos antecedentes ou consequentes,⠀
Identificar os eventos antecedentes que controlam o comportamento,⠀
Desenvolver uma hipótese do comportamento e⠀
Testar a hipótese.⠀
Os objetivos que podem ser abordados usando o FBA incluem:⠀
Diminuir comportamentos interferentes,⠀
Aumentar comportamentos apropriados,⠀
Aumentar o envolvimento na sala de aula e⠀
Diminuir comportamentos prejudiciais.⠀
E então criar um plano comportamental explicando o que fazer para evitar comportamentos desafiadores e o que fazer quando o comportamento ocorrer. 

Fonte: Dani Botelho ABA


CAIXA SENSORIAL

   Caixas sensoriais (Sensory Box) são uma “brincadeira” Montessoriana fantástica. Basicamente, é uma caixa, cheia de elementos que visam desenvolver e afinar o senso visual, tátil, olfativo e até mesmo gustativo. Para este último, imagine um recipiente com gelatina ou pudim ou espaguete cozido, no qual a criança possa enfiar a mão com tudo, botar na boca sem medo de ser feliz. Você fica tranquila por ele tomar contato com texturas, cores e temperatura e não corre o risco de ele colocar algo perigoso na boca. A criança é envolvida por vários elementos e conceitos que lhe darão noções básicas de cores, formas, tamanhos, texturas, bem como desenvolver a coordenação motora fina, construir conhecimentos de matemática, ciências e promover conexões cerebrais. O vocabulário também é ampliado, uma vez que a criança aprende, na pratica (e com os seus sentidos) o que é opaco, transparente, quente e gelado (atividades com gelo), espesso, fluido, etc. Tudo isso é propiciado por meio de uma brincadeira sensorial.

     A outra vantagem da caixa sensorial é de limitar o espaço/área da brincadeira (e da bagunça). Não dá para brincar de fazenda, utilizando milho, feijão e serragem e deixar a brincadeira rolar solta no meio da sala. Além do que a criança aprende a ter noção e limitação do espaço, do dentro e fora. Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor. Muitos dos exercícios desenvolvidos pela educadora objetivam chamar a atenção dos alunos para as propriedades dos objetos (tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, barulho). 

    As caixas sensoriais podem ser montadas com objetos aleatórios ou por temas: fazendinha, outono, dinossauros, espacial, cor amarela, cor azul, fundo do mar, letra O, letra S, etc.


Fonte: Blog Alfabetização Divertida.

TEXTOS E ATIVIDADES DIVERSAS







domingo, 15 de setembro de 2019

Habilidades Sociais dentro da Ciência ABA

Dentro de um programa ABA também ensinamos HABILIDADES SOCIAIS.
Isso acontece porque as crianças com autismo não adquirem facilmente essas habilidades naturalmente de seu ambiente, como seus colegas neurotípicos.
E também porque eles têm maior dificuldade em ler/entender sugestões sociais sutis, o que torna mais difícil o significado da interpretação.

"Uma saudação ... é uma habilidade social que pensamos que é simples. No entanto, uma análise mais aprofundada mostra que essa habilidade, que achamos fácil, é extremamente complexa.
Como uma criança cumprimenta um amigo na sala de aula difere do tipo de saudação que seria usada se os dois se encontrassem no shopping mall.
A saudação usada na primeira vez em que a criança vê um amigo difere da saudação trocada quando se vêem 30 minutos depois.
Além disso, palavras e ações para saudações diferem, dependendo se a criança está cumprimentando um professor ou um colega ...
os cumprimentos são complexos, assim como a maioria das habilidades sociais”.
HABILIDADES APRENDIDAS EM UM PROGRAMA INICIAL SERIAM:
Saudações recíprocas com colegas “Oi”, “Tchau”
Pedir ítens de colegas
Dar e receber itens de colegas
Imitar ações simples e complexas de colegas (de perto e à distância)
Imitar pares brincando
Seguir as instruções dos colegas
Trocar de turnos com brinquedos e jogos simples
Tolerar brinquedos sendo compartilhados
Habilidades de prontidão escolar (por exemplo, frequentar, esperar, fazer a transição, cumprir, seguir as instruções do grupo, levantar a mão etc.)

As habilidades que você escolher ensinar devem ser selecionadas e adaptadas de acordo com as necessidades individualizadas do aluno.

Fonte: Dani Botelho ABA