terça-feira, 30 de setembro de 2014

Brincadeiras de crianças: aprendendo as formas geométricas criando e se divertindo com palitinhos de picolé e canudos


As imagens mostram animais, caixinhas, porta-retratos, cavaletes para obras de arte produzidas pelos alunos ou para servir de tags com os nomes das guloseimas e pratos em festinhas etc. Tudo para ajudar seus alunos a aprenderem de forma lúdica, criativa e divertida as formas geométricas. Siga as instruções de como fazer lendo-as e acessando os links indicados. Espero que goste.  

Cavalete de palito de picolé com nome de guloseima na mesa de festa de  aniversário
Vamos Praticar ? 
1. Com qual letra do alfabeto se parecem os cavaletes?
2. Qual a figura  geométrica que se parece com esses cavaletes?
3. Que  outras figuras geométricas você identificou nas imagens aqui apresentadas ?

Cavaletes de Canudos ou de Palitos de Picolé ou de Churrasco

Para usar e recriar na escola. Pode servir  para marcar  lugares na mesa ou para identificar  pratos e doces na  festinha. Siga as instruções.
Materiais:  a) Cola- quente;  b)  canudos  ou palitos de sorvete;  c) tesoura;   d) régua;   e) papel celofane colorido;  f) tinta para pintar os palitos (opcional).
Como fazer:
Separe 3 canudos ou palitos. Cole a ponta dos dois primeiros deixando uma abertura de 7cm. Depois cole a ponta do outro no centro dos dois primeiros formando uma pirâmide. Depois corte um canudo  ou um palito no meio e cole-o na horizontal entre os 2 primeiros. Está pronto!

Cavaletes para obras de arte feitas pelos alunos


Cavalete de palito de picolé
1) Você vai precisar de 8 palitos de sorvete, um lápis/lapiseira, uma tesoura e cola quente.
2) Posicione 3 palitos no ângulo que deseja ter para o cavalete. Essa será a base.
3) Coloque 2 palitos na transversal. O mais superior será o apoio da parte de trás e o mais inferior será o suporte para a telinha.
4) Marque o encontro dos palitos. A marcação deve seguir a inclinação,
5) Recorte ou serre com uma faquinha os palitos em todas as marcações, exceto a apontada com a seta vermelha na foto do passo 4. Quando você recortar já vai ver o cavalete tomando forma.
6) Antes de começar a colar, marque a posição do palito nos 3 palitos da base para servirem de guia.
7) Passe cola quente abaixo do risco de guia
8) Coloque o palito cortado sobre a cola e segure por alguns instantes até ficar firme. Repita o processo para os outros 2 palitos da base.
9) No lado oposto dos 3 palitos da base, faça a marcação para colar o palito superior.
10) Passe a cola nos 3 palitos de acordo com a marcação e cole o palito superior.
11) Posicione um palito abaixo do palito colado na parte da frente e marque uma diagonal oposta, conforme  a imagem.
12) Recorte, passe cola quente na base e cole num ângulo de 90º graus. Esse será o palito que vai segurar a telinha.
13) Posicione um palito na parte de trás e veja qual a inclinação que você quer. Você terá que recortar um pedaço do palito depois de medir a inclinação. Em seguida cole o palito conforme a imagem.
14) Pegue o último palito e meça a distância como mostra a foto para fazer o suporte de apoio.
15) Cole no sentido contrário que você mediu, para a parte arredondada ficar para fora. Está pronto!



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA - ALFABÉTICO

NÍVEL ALFABÉTICO
A hipótese silábico-alfabética também não satisfaz completamente a criança, e ela prossegue sua pesquisa em busca de uma solução mais completa que só será alcançada, através da constituição alfabética de sílabas.
O aluno começa a escrever alfabeticamente algumas sílabas e, outras permanecem escrevendo na hipótese silábica. São escritas silábico-alfabéticas, mas já fazem parte do nível alfabético, mesmo se tratando do uso de dois tipos de concepção.
O nível alfabético se caracteriza pelo reconhecimento do som da letra.
Entretanto, a criança ainda não consegue, nesse nível, a solução de todos os problemas no que se refere à leitura e escrita, entre eles:

 Primeiro problema que a criança enfrenta se refere aos tipos de sílabas. As crianças, de modo geral, generalizam que todas as sílabas têm sempre duas letras (isso se dá pela freqüência de sílaba com duas letras na nossa escrita) e dificilmente concluem, automaticamente, que existem silabas de uma, duas, três, quatro ou cinco letras. Devido à freqüência de sílabas constituídas de consoante e vogal, os alunos acreditam que todas as sílabas são assim. Quando deparam com palavras ou sílabas iniciadas por vogais, fazem a inversão na escrita e também na leitura. Exemplo:

ARVORE = RAVORE.
 Segundo problema que as crianças vivenciam é a separação das palavras na produção de textos. Durante a escrita de textos espontâneos, as crianças ora emendam palavras, ora dividem palavras em duas ou três partes. Isso acontece porque, quando a criança escreve, concentra-se na sílaba; assim, as palavras tendem a desaparecer como um todo. Aparecem as primeiras junturas (quando escreve a criança várias palavras emendadas) e segmentações (quando escreve separando, indevidamente, as palavras), muito comuns nas escritas dos alunos ao ingressarem no nível alfabético, e que, nesse nível, serão trabalhadas visando, desde já, a construção da base ortográfica.
 Terceiro problema refere-se à ênfase sobre a escrita fonética. A criança, ao dar ênfase à escrita fonética, ou seja, a adequação fonética do escrito ao sonoro enfrenta as questões ortográficas. Descobre que uma mesma letra pode ter som de outras letras, como, por exemplo, X com som de CH, S com som de z etc., chegando a constatar que isso acontece em muitas palavras. Exemplo: chave, chaveiro, chácara, xícara, xale, Elisabete, roseira etc.
 Por último, a criança enfrenta dificuldades na escrita e na leitura de sílabas complexas. A compreensão de grupos consonantais é fruto de muito esforço lógico de raciocínio e não de memorização ou fixação mecânica.
A aquisição da base ortográfica envolve a inter-relação de componentes lógicos, perceptivos, motores, afetivos, sociais e culturais na aprendizagem.
O nível alfabético constitui o final da evolução construtiva do aprendizado da leitura e da escrita. Uma aprendizagem marcada pela reelaboração pessoal do aluno e da reflexão lógica.
CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA E DA LEITURA
  •  Reconhecimento pela criança dos sons das letras.
  •  A criança consegue estabelecer uma vinculação mais coerente entre leitura e escrita.
  •  A criança concentra-se na sílaba para escrever.
  •  Surge a adequação do escrito ao sonoro.
  •  A criança escreve do jeito que fala (presença da oralidade na escrita).
  •  A criança compreende que cada um dos caracteres da escrita (letras) corresponde a valores sonoros menores que a silaba.
  •  Leitura sem imagem e com imagem.
  •  Surgem os problemas relativos à ortografia.
TRABALHANDO COM LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Algumas crianças chegam ao nível alfabético apresentando dificuldades, tais como:
  1.  alunos que lêem alfabeticamente e ainda produzem escritas silábicas;
  2.  alunos que já escrevem quase alfabeticamente e não decodificam um texto convencional.
Isso acontece porque a leitura e a escrita não foram desenvolvidas, até então, de forma correlacionada durante o processo de aprendizagem.
O professor atento a essas dificuldades, que são normais no nível alfabético, propiciará aos alunos oportunidades para vincular as ações de ler e de escrever. A possibilidade de exercê-las num mesmo contexto auxilia o domínio de ambas.
A prática de produção de textos é uma atividade essencial ao longo de todo o processo de alfabetização. No nível alfabético, a criança já é capaz de escrever sozinho o seu próprio texto.
A produção de textos é uma atividade expressiva e criativa que envolve reflexão constante, uma reflexão lógica.
Essa reflexão é de suma importância em todas as ações inteligentes para decidir como se escrevem palavras cuja escrita não está memorizada.
A leitura de textos, por sua vez, envolve a seleção pelo professor dos tipos de textos que serão oferecidos aos alunos de primeira série ou pré-escolar, já alfabéticos, tendo em vista oferecer experiências múltiplas, concretas e reais com o verdadeiro uso da coisa escrita na vida de alguém.
A produção de textos pode ser individual ou coletiva. O importante é que a criança de primeiro ano do primeiro ciclo do Ensino Fundamental ou pré-escolar leia e escreva muito, e que todas as suas produções sejam muito valorizadas pelo professor e outros.
Cada criança escreve do seu jeito e não há "certo" ou "errado" neste momento. O texto produzido pelo aluno é como um desenho ou qualquer outra forma de manifestação expressiva. Não cabe, absolutamente, qualquer forma de correção ou de modificação.
Esses textos são um indicador valioso sobre o andamento do processo de aprendizagem dos alunos. Eles fornecem dados que poderão ser utilizados em outras atividades de escrita.
É preciso que, em alguns momentos, o professor se torne o escriba da turma, porque é indispensável para o aluno poder perceber atos de escrita de pessoas alfabetizadas, sejam na escrita de textos, palavras ou letras. Isso possibilita ao aluno a análise de aspectos espaciais e motores envolvidos, bem como a direção que se segue ao escrever (da esquerda para a direita), os tipos de sinais gráficos utilizados (letras, sinais de pontuação), tipos de letras e suas modalidades, a ortografia das palavras, como também observar que se escrevem tudo (e não só os substantivos). É importante que o professor leia o texto escrito para as crianças, apontando, com uma régua, o que está lendo.
Os textos são trabalhados em sala de aula para serem analisados nos dias subseqüentes à sua produção. Nesse sentido, devem ser expostos na parede, para visualização dos alunos. Poderão ser transcritos para os alunos, que os utilizarão em inúmeras atividades e explorações didáticas.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM TEXTOS

Uma mesma atividade pode ser trabalhada com crianças em vários níveis no processo de aquisição da escrita e da leitura, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque, diferentemente, com questões e desafios adaptados aos alunos em situações desiguais, reconhecendo e valorizando as suas respostas e comportamentos frente ao que foi proposto.
Assim, as atividades aqui sugeridas podem atender também a outros níveis, que não apenas ao alfabético; o que muda é o foco de interesse didático.
  •  Produção de texto a partir do desenho do aluno.
  •  Exploração dos textos individuais com toda a classe.
  •  Sugerir a escrita de textos a partir de outros textos já conhecidos pelos alunos: letras de música, poesias, histórias memorizadas, descrição de brincadeiras, regras de jogos etc. (também podem ser utilizados para leitura e análise).
  •  Produção de textos coletivos sobre acontecimentos ou interesses dos alunos naquele momento.
  •  Atividades a partir de um texto:
  1.  leituras globais ou parciais;
  2.  reconhecimento de palavras, frases ou letras no texto;
  3.  análise de palavras do texto quanto ao número de sílabas e de letras, quanto à letra inicial ou final etc.;
  4.  ditado de palavras e frases relativas ao texto trabalhado;
  5.  copiar palavras do texto com uma, duas, três sílabas etc.;
  6.  remontagem do texto com fichas de frases ou palavras;
  7. produção de um desenho para ilustrar o texto;
  8.  separar frases em palavras;
  9.  completar com palavras
  10.  escolher palavras do texto e elaborar pequenas frases;
  11.  ditar palavras do texto para um colega e vice-versa;
  12.  registrar, à frente das frases, o número de palavras que a compõem;
  13.  montar frases com fichas das palavras do texto;
  14.  produções de histórias em quadrinhos.
  •  leitura e narração de histórias pelo professor
O TRABALHO COM SÍLABAS
A criança começa a construção da sílaba desde o nível silábico, quando percebe que não pode ler o que foi escrito por ela. Prossegue no nível silábico-alfabético quando acrescenta letras nos seus escritos sem resolver o problema, que só vai ser superado com a escrita alfabética no nível alfabético.
A introdução sistemática das famílias silábicas não é o modo mais indicado para ajudar alunos alfabéticos a evoluir em suas concepções sobre a escrita. E muito mais indicado encorajá-los a refletir sobre a pronúncia para pensar a escrita. A percepção auditiva entra como matéria-prima em todo o trabalho de inteligência, e o fato de nossa língua não ser inteiramente fonética implica, subsidiariamente, uma elaboração mental dos elementos ouvidos para chegar à escrita.
Nesta proposta didática, sugere-se desenvolver um trabalho com sílabas começando pela sua identificação parcial, pelo desmembramento das palavras em todas as suas sílabas e pela montagem de palavras por meio de sílabas, só chegando às famílias silábicas através das descobertas dos próprios alunos.
O professor deve permitir ao aluno explorar ao máximo o mundo das palavras, das frases, dos textos e das letras, incentivando-o a extrair o máximo de conhecimentos por conta própria, e só entrar com a sistematização clássica se for necessário, e da forma mais construtiva possível, sem nenhuma ordenação de dificuldades.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM SÍLABAS
No trabalho com sílabas é preciso levar em conta as condições cognitivas das crianças, que concernem a:
  •  distinção de uma só sílaba na palavra escrita;
  •  distinção estável de todas as sílabas das palavras (classificar palavras de acordo com o número de sílabas);
  •  possibilidade de considerar sílabas independentemente da sua inserção em palavras concretas;
  •  condições para classificar sílabas de acordo com o número de letras que a constituem, letra inicial ou final da sílaba etc.
As atividades propostas devem envolver palavras de um universo semântico vinculado ao interesse dos alunos: nomes de animais, partes do corpo, personagens de histórias, novelas e outros, ou de palavras que surgem na sala de aula.
  •  Atividades para completar a primeira ou a última sílaba dos nomes ou palavras com material concreto (fichas, jogos).
  •  Ligar nomes às sílabas iniciais.
  •  Jogos: mico preto, bingo, memória, dominó (com palavras ou nomes e silabas iniciais ou finais).
  •  Fazer correspondências de todas as silabas de uma palavra com a palavra correspondente.
  •  Completar fichas de palavras com as letras que faltam (usando o alfabeto móvel).
  •  Classificação de palavras com o mesmo número de sílabas.
  •  Constituição de palavras com sílabas e alfabetos móveis.
  •  Separação de palavras em sílabas (com fichas para recortar e colar ou por escrito).
  •  Separação e registro do número de silabas das palavras da frase.
Exemplo:
PEDRO ESTÁ DOENTE
    (   )       (   )        (   )
  •  Escrita de palavras e nomes que iniciam ou terminam com uma determinada sílaba.
  •  Adivinhações de palavras através de pistas do professor.
O TRABALHO COM LETRAS
Desde o início da psicogênese, as crianças têm contato com letras, palavras, frases e textos e também de alguma forma com as sílabas (ao menos oralmente).
É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras, sílabas, palavras e textos em todos os níveis. Apenas para fins didáticos, separamos as sugestões de atividades por unidades lingüísticas.
O trabalho com letras é feito desde o início da escolarização através dos níveis pelos quais a criança passa. Esse trabalho é também indispensável no nível alfabético (mesmo com crianças já alfabéticas, isto é, que lêem e escrevem alfabeticamente).
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM LETRAS
  •  Alfabetos variados (tamanho, forma de letra, material) para montagem de palavras ou frases mediante desafios interessantes do professor.
  •  Num monte de letras, solicitar à criança que encontre todas as letras de seu nome. Separar as letras dos nomes dos colegas do grupo.
  •  Reescrever as palavras do álbum ou dicionário já montados nos níveis anteriores.
  •  Construir dados de letras (4 dados com as 26 letras do nosso alfabeto).
  •  Jogos industrializados ou criados pelos alunos e professor (inclusive de ordem ortográfica).
Extraído: Fonte escola ativa, Fundescola

sábado, 27 de setembro de 2014

Motivação na Aprendizagem

O professor deve lançar mão de recursos que levem o aluno à motivação para que a aprendizagem ocorra, realmente, de maneira eficaz. Será possível ainda formar cidadãos éticos e interessados no saber? 

Os professores estão sempre se perguntando sobre o que devem fazer para que os alunos realmente aprendam. 
Segundo o dicionário Silveira Bueno, motivação quer dizer exposição de motivos ou causas; animação; entusiasmo. Através dessas definições, pode-se constatar que estar motivado é estar animado, entusiasmado. Para isso, é necessário ter motivos para se chegar a esse estado. 

Qualquer coisa que se faça na vida, é necessário primeiro a vontade de realizá-la, senão nada acontece. Isso também ocorre na educação. Educação requer Ação e como resultado dessa ação, há o APRENDIZADO. Mas para que se realize a ação e esta resulte no aprendizado é necessário, inicialmente, que haja a VONTADE, nesse caso, a vontade de aprender. O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, em outras palavras, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Como por exemplo: 

• Dar tratamento igual a todos os alunos; 
• Aproveitar as vivências que o aluno já tem e traz para a escola no momento de montar o currículo, incluir temas que tenham relação, isto é, estejam ligados à realidade do aluno, a sua história de vida, respeitando a sua vida social, familiar; 
• Mostrar-se disponível para o aluno, ou seja, mostrar que ele pode contar sempre com o professor; 
• Ser paciente e compreensivo com o aluno; 
• Procurar elevar a auto-estima do aluno, respeitando-o e valorizando-o; 
• Utilizar métodos e estratégias variadas e propostas de atividades desafiadoras; 
• Mostrar-se aberto e afetivo para e com o aluno; 
• “Acolher” realmente o aluno; 
• Dar carinho e limites na medida certa e no momento adequado; 
• Manter sempre um bom relacionamento com o aluno, e consequentemente, um clima de harmonia; 
• Fazer de cada aula um momento de real reflexão; 
• Ter expectativas positivas acerca do aluno; 
• Saber ouvir o aluno; 
• Não ridicularizá-lo jamais; 
• Amar muito o que faz, a sua profissão de professor; 
• Mostrar para o aluno que ele pode fazer a DIFERENÇA, isto é, que ele tem o seu lugar e o seu valor no mundo; 
• Perceber que ele, o professor, pode fazer a DIFERENÇA, para o aluno; 

O professor deve ensinar o aluno a ser ético e crítico, mostrando a ele que a crítica é boa , desde que feita de maneira adequada e que a ética é fundamental em qualquer relacionamento humano, em qualquer ambiente: Familiar, Social, Escolar, entre outros. 

Cássia R. M. de Assis Medel 

Como saber se seu aluno entendeu o que leu?

Ao fazer a avaliação da leitura no dia-a-dia, você consegue ensinar a turma a compreender realmente o texto, e não apenas a reproduzir o que está escrito
Na alfabetização, a avaliação é constante: os alunos da professora Ângela, do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, comentam em classe o que leram em casa
Você sabe o quanto ler bem pode facilitar o desempenho escolar e a vida dos estudantes. Mas já se perguntou se cada uma das crianças e adolescentes de sua turma está realmente desenvolvendo a capacidade de ler, compreender e interpretar os textos? Há meios eficientes de verificar se as metodologias de ensino adotadas em sala de aula estão dando certo. "Meus alunos de alfabetização aprenderam a ler, conseguem selecionar textos e, com base neles, produzir seus próprios escritos", afirma a professora Ângela Vidal Gonçalves, do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Os progressos alcançados pela turma dela durante este ano letivo são efeito de um trabalho criterioso e de avaliação constante.
Em qualquer série do Ensino Fundamental, a busca de resultados concretos pode levar à tentação de treinar com os estudantes, separadamente, habilidades como reproduzir informações ou estabelecer relações de causa e conseqüência entre as partes de um texto. Essa não é a estratégia mais adequada para a consultora em Língua Portuguesa Maria José Nóbrega, de São Paulo. "Não há por que treinar uma a uma as habilidades se a leitura é, por natureza, uma prática articulada", afirma. Existem outros caminhos para capacitar e avaliar a turma.

Leitura em três níveis

Antes de ler o texto, diz a consultora, um primeiro passo é verificar o que os estudantes sabem ou têm curiosidade de conhecer sobre o assunto. Depois, examinar com eles o texto no conjunto e dar informações adicionais.

A leitura é mais do que "ler nas linhas" — identificar as informações apresentadas e reproduzi-las. Isso a maioria dos estudantes faz. Para que dêem um passo à frente, as novas informações precisam ser integradas ao que já sabem.

Convém sempre ir chamando a atenção para a idéia principal do texto e seus desdobramentos. Isso encoraja todos a "ler nas entrelinhas", ou seja, deduzir o sentido de expressões desconhecidas e ligar as várias partes do texto.
A compreensão deve ser o foco principal do professor. Se o texto for informativo, você pode levar os alunos a relacionar o novo assunto com os conhecimentos que já têm ou perguntar como a nova informação pode ser aplicada em outros contextos. A elaboração de esquemas e o fichamento ajudam a visualizar as relações entre as informações. No caso de um texto literário, é importante mostrar aos alunos os recursos expressivos empregados pelo autor.
Leitores críticos precisam também ler "por trás das linhas" — avaliar o que foi lido por meio de comentários orais ou escritos. Você deve incentivar o grupo a verificar se as informações são confiáveis, consultar outras fontes, identificar a posição do autor e dar sua opinião sobre as idéias que ele transmite.

Formas de avaliação

Ao longo de todo esse processo, você consegue detectar os sinais dados pela classe e avaliar os resultados da leitura. Maria José recomenda escapar da armadilha das avaliações com questionários que pedem para o leitor "devolver" o que foi lido. "Isso leva a garotada a fazer a cópia do texto", afirma. Melhor é solicitar ao aluno que exponha o tema por escrito com suas próprias palavras.
Você também pode verificar se houve desvio na compreensão do sentido original ao pedir para a criança expor oralmente o que leu. Se a tarefa solicitada turma for a produção do esquema de um texto informativo, é possível verificar, com base na hierarquização das informações, se o leitor compreendeu a estrutura da obra e se empregou corretamente os conceitos. Uma terceira opção é, com base em um esquema montado pelos alunos, pedir que eles desenvolvam um texto e assim verificar se a interpretação está correta.

Ler bem para escrever bem

No Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, a professora Ângela foi construindo meios de avaliar seus pequenos leitores da classe de alfabetização. Na sala de aula, há um acervo de livros que a turma leva para casa nos fins de semana. Na volta, em uma roda de leitura, todos compartilham as histórias, comentam sobre as ilustrações e avaliam o que cada colega contou. "Assim, verifico se eles compreenderam o que foi lido", diz.
Outra rotina de Ângela é ler histórias de gêneros variados para as crianças e pedir que leiam para os colegas. Antes da apresentação, o aluno leva o livro para casa para treinar a leitura. Em sistema de rodízio, todos também lêem em classe os enunciados de exercícios das diversas disciplinas. Durante as leituras, qualquer dificuldade com o texto pode ser detectada de imediato.
As atividades de redação também são constantes. Foi a turma, por exemplo, que produziu os convites para a inauguração do clube de leitura. Para dar conta da tarefa, todos analisaram convites que trouxeram de casa e discutiram a linguagem e o objetivo de cada um até conseguir redigir o próprio convite. Durante o trabalho, Ângela observava e questionava as crianças para se certificar de que estavam compreendendo o que liam e depois redigiam.
Antes de a turma realizar uma pesquisa, Ângela faz um levantamento sobre o que todos querem saber e onde as informações devem ser procuradas. A garotada assinala as respostas no material pesquisado e depois faz uma síntese escrita do tema. Seja qual for o objetivo da leitura, no final há sempre uma conversa em grupo. "Assim, os resultados das estratégias de ensino podem ser testados na hora." Quando detecta dificuldades nos alunos, Ângela tenta verificar se sua proposta foi adequada ou se é o caso de repensá-la.


Fonte: revistaescola.abril.com.br

sábado, 20 de setembro de 2014

Acerte no Boliche

Objetivo: Perceber a importância do reaproveitamento dos materiais recicláveis para a confecção de brinquedos.

Orientação ao professor
Os benefícios do boliche para a aprendizagem
Além de divertido e interessante, o jogo de boliche é uma atividade que desenvolve várias habilidades, tornando-se um facilitador no processo de ensino/aprendizagem, pois:
  • Melhora o desempenho da estrutura psicomotora de base da criança.
  • Ativa a capacidade cognitiva e o raciocínio para contar e calcular distâncias.
  • Desenvolve a lateralidade da criança, aspecto que é muito bem trabalhado nesse esporte, pois pelas próprias características do jogo a criança tem que ir percebendo a diferença entre direita e esquerda.
  • Amplia a noção espacial, ajudando na sua estruturação, uma vez que requer do jogador noções de posição, direção, distância, tamanho, movimento.
Todos esses benefícios contribuem para que o aluno desenvolva bem a sua concentração e seu equilíbrio físico e emocional, para a tomada de decisão. Fatores esses que podem auxiliar e cooperar, de maneira satisfatória, para o desempenho da criança na escola.
Reaproveitamento do lixo
Reaproveitar os materiais que, normalmente, iriam para o lixo significa muito mais que apenas colaborar com a limpeza do meio ambiente. O reaproveitamento desses materiais, que em sua maioria são plásticos, metais, papel e vidro, faz com que haja economia de matéria-prima, de recursos naturais e de energia, além de tornar-se fonte de renda familiar.
A reutilização do lixo passou a ser uma das alternativas para a diminuição da degradação do meio ambiente. Por exemplo, as garrafas do tipo PET quando são recicladas, dão origem a outros materiais, como: solado de sapato, bolsas e acessórios, roupas e até mesmo bichos de pelúcia.
É possível desenvolver trabalhos de reaproveitamento dos resíduos sólidos, transformando-os com muita criatividade em peças decorativas e brinquedos. As crianças divertem-se, aprendendo a transformar a garrafa, o vidro, o papel e o metal em: vasos, cestas, cadeiras, mesas, móveis, jarras, carrinhos, bonecas, flores e outros objetos.
O reaproveitamento de material reciclável traz inúmeros benefícios para a cidade, desde a preservação do meio ambiente até a geração de renda para aqueles que aprendem a transformar o lixo em arte.  Além da conscientização ambiental, esse trabalho é uma oportunidade para estimular ainda mais a criatividade.
Procedimento
1. Explore, em uma roda de conversa com as crianças, a necessidade da separação do lixo e a importância da reutilização dos materiais.
2. Se sua escola ainda não tem, incentive os alunos a criarem uma campanha de coleta seletiva do lixo. O exercício inclui a criação de lixeiras coloridas, que podem ser confeccionadas em caixas de papelão.
3. Elabore com os alunos um cartaz contendo as seguintes orientações: os papéis na lata azul, os plásticos na lata vermelha, os metais na lata amarela e os vidros na lata verde. Para o lixo orgânico, separe recipientes diferenciados. A turma perceberá que pode ser um pouco difícil mudar os hábitos, mas terá uma oportunidade sem igual de aprender a exercer a cidadania.
4. Questione os alunos:
  • Que tipos de materiais são jogados no lixo da escola diariamente?
  • Que tipos de embalagens são utilizados nos produtos?
  • Quais os materiais que podem ser reaproveitados? Para quê?
  • É possível reduzir o lixo? De que maneira?
 Brincadeira – Acerte no Boliche
  • Acesse a brincadeira no portal.
Auxilie o aluno na confecção dos materiais, incentivando-os a decorarem as garrafas, trabalhando em equipe, sem perder de vista o objetivo principal que é a ideia do reaproveitamento do material utilizado, que até então viraria lixo.
Aproveite para usufruir dos espaços da escola, valorizando a instituição. Depois de terminada a confecção dos objetos, leve-os para brincarem com o brinquedo produzido por eles no pátio da escola ou na quadra, de preferência ao ar livre, para que fujam um pouco do ambiente fechado e usual de sala de aula.

A brincadeira proporcionará à criança maior habilidade motora, que será trabalhada tanto na produção do brinquedo quanto na execução da brincadeira. Além de despertar o instinto crítico e empreendedor, ao passo que estarão  colocando em prática o que aprenderam.

Como brincar de Amarelinha






Como funciona a amarelinha

A amarelinha é uma das brincadeiras de rua mais tradicionais do Brasil. Percorrer uma trajetória de quadrados riscados no chão de pulo em pulo tinha o nome “pular macaca” quando chegou aqui, com os portugueses, há mais de 500 anos. Hoje, em tempos de jogos eletrônicos, internet e televisão, surpreendentemente a brincadeira simples sobrevive firme e forte nos hábitos de milhões de crianças.


Uma pesquisa encomendada pela Unilever em 2006 mostrou que 44% dos nossos pequenos têm o costume de brincar de amarelinha, bambolê e pular corda, enquanto 38% brincam com videogame portátil ou ligado à TV.
Talvez seja pelo fato de a amarelinha ser tão fácil (e divertida) de brincar. Não são precisos aparelhos ou eletricidade, acessórios caros. Dá para pular dentro de casa, no quintal, na rua, na escola... Basta ter um pedaço de chão, algo para desenhar o riscado e um objeto pequeno para marcar as “casas”.
Sua capacidade de atravessar gerações e gerações pode ser creditada também ao fato de a brincadeira ser uma metáfora da vida: “atingir o céu, não cometer erros no percurso e sempre evitar o inferno”, descreve Renata Meirelles, autora do livro Giramundo.
Neste artigo, vamos conhecer alguns dos infinitos nomes da brincadeira e aprender diversas maneiras de se pular.

Espaço e materiais necessários

Onde brincar
Dá para pular amarelinha em qualquer trecho de piso plano (pode ser dentro de casa, na calçada, numa rua sem movimento).

Material necessário
Um giz para marcar asfalto ou gravetos, para chão de terra. Em pisos que não podem ser riscados (como o de casa), fita adesiva resolve o problema. Por fim, a brincadeira pede uma pedrinha, um caco ou outro objeto para ser colocado nas “casas” do desenho e aumentar o grau de dificuldade a cada etapa.

Como se brinca
O padrão é o seguinte: a pedra é lançada na primeira casa e o jogador deve percorrer o trajeto do traçado pulando (ora com um pé, ora com os dois), evitando o quadrado onde a pedra caiu. A sequência se repete enquanto a pedra avança de casa em casa e o grau de dificuldade aumenta.


Formas de brincar
Em cada canto do país, as crianças brincam de um modo diferente e chamam a brincadeira por nomes diferentes também. Veja a seguir algumas das formas de pular divididas pelo tipo de traçado.

• Traçado em linha

©2008 ComoTudoFunciona

Amarelinha (costume em São Paulo e Rio de Janeiro)

Desenhe no chão um diagrama com quadrados, intercalando quadrados solitários com duplas e numerando cada um de 1 a 10. No topo, faça uma meia-lua – este será o "Céu". Antes da casa número 1, outra meia-lua: o "Inferno".

Comece a brincadeira atirando a pedrinha na casa 1. Pule a casa 1 e vá passando todas as outras casas. Seu objetivo será passar por todas as outras casas (pisando com apenas um pé nas únicas e com os dois nas duplas) até chegar no Céu, onde pisará com os dois pés. De lá, retorne do mesmo jeito, só que, dessa vez, pare antes da casa 1 e, com apenas um pé no chão, se abaixe para pegar a pedrinha e pule em direção ao início do jogo. Cuidado para não cair no Inferno!

Recomece jogando a pedra na casa 2 e assim por diante, pulando sempre a casa onde está a pedra. Se você errar a mira e a pedrinha cair fora da casa certa, perde a vez. Isso também acontece com quem pisar no inferno, colocar os dois pés no chão nas casas únicas ou na hora de recolher a pedrinha que estiver em casa dupla.


Macaca (costume no Acre, Pará, Amapá, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí)

O diagrama da macaca é parecido com o da amarelinha. Mudam basicamente duas coisas: o desenho começa com duas casas únicas, o Céu é dividido em "Lua" e "Estrela" e não há Inferno.

A brincadeira é muito popular nos Estados do Norte do Brasil, onde, em vez de usar uma pedra, as crianças usam um saquinho cheio de terra chamado “patáculo”, segundo Renata Meirelles, autora do livro "Giramundo". Cada participante tem seu próprio patáculo, que é guardado em pequenos quadrados desenhados ao lado da primeira casa do diagrama.

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Para começar, o jogador lança o patáculo na primeira casa e segue o percurso pisando com apenas um pé nas casas únicas e com os dois nas duplas (um em cada uma) até chegar ao Céu. Na volta, apanha o saquinho. A seqüência se repete em todas as casas, inclusive na Lua e na Estrela.

Se colocar o pé no chão na hora errada, perde a vez e seu patáculo fica no lugar onde foi deixado. Nenhum dos jogadores poderá pisar naquela casa. Com o passar do tempo, os patáculos vão se acumulando, e o jogo fica mais difícil.

Quem completar todo o ciclo vai para o Céu, vira de costas e joga o saquinho para trás sem olhar. A casa onde ele cair (se conseguir cair dentro de alguma) passa a ser “propriedade” daquele jogador. Isso quer dizer que ninguém mais além dele poderá pisar naquela casa.

Esse jogador recomeça a brincadeira, dessa vez pulando com um pé só em todas as casas e, depois de completar essa etapa, faz o mesmo pulando com os dois pés juntos.


Cademia (costume em Pernambuco)

O desenho do “tabuleiro ” da cademia tem um Céu, uma casa dupla chamada "asa" e algumas casas únicas.

A primeira parte da brincadeira é igual à da amarelinha tradicional com a diferença que, quando terminar a última volta com a pedra na "Goga", a criança deve jogar a pedra no Céu e contorná-lo com um pé só antes de voltar ao início.

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Passada esta fase, chega o momento de repetir a brincadeira, só que levando a pedra (sem deixar cair) em partes do corpo: sobre o peito do pé, as costas da mão e, por último, na testa. Esta é a mais difícil, porque, para não derrubar a pedra, o jogador não pode olhar para baixo – e corre risco maior de pular fora das casas.

Terminadas as etapas, o jogador vai para atrás do Céu e, de costas para o riscado, joga a pedra por cima da cabeça. A casa onde ela cair será sua. Ele a marca escrevendo seu nome, de forma que nenhum outro jogador poderá pisar nela mais. Quanto mais gente chegar a essa etapa, mais difícil fica a brincadeira.


• Traçado de quadrado

Cademia do pão-doce (costume em Pernambuco)

Desenhe um diagrama como o da figura abaixo : um retângulo com seis casas dividas em duas fileiras de três e uma área oval no topo, que será o Céu.

Assim como na amarelinha, a brincadeira começa com o primeiro participante jogando uma pedrinha na primeira casa. Sem pisar na casa com a pedra, ele tem que pular em um pé só de uma casa para outra, seguindo a seqüência de uma fileira e depois voltando na do lado. A seqüência se repete até que a pedrinha tenha passado por todas as casas.

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O próximo passo é jogar a pedra no Céu. O caminho fica mais longo agora: quando chegar na terceira casa, o jogador deve contornar, ainda com um pé só, a área do Céu e depois continuar o percurso comum.

Quando completar essas sete etapas, ele ganha uma casa, onde deixa um objeto e só ele pode pisar nas próximas rodadas.

A brincadeira pode ter alguns “descontos” se os jogadores quiserem. Isso se chama jogar “no mole”. Eles podem desenhar uma “pegada” na primeira casa para encaixar o pé e facilitar o lançamento da pedra nas casas mais afastadas ou no “Céu”. Outra opção é criar uma área lateral que serve como estepe para os jogadores usarem quando tiverem que pular uma casa que já tenha “dono”.


Amarelinha do caco (costume em Pernambuco)

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O diagrama é formado por um quadrado, com um “x” no meio (formando quatro casas), uma área em meia-lua no topo (o “Céu”) e um quadrado menor na outra extremidade (a casa 1).

A brincadeira começa com o primeiro jogador lançando uma pedrinha (ou um caco de telha) na primeira casa. Um dos pés servirá para pular. Com o outro, que não deve encostar no chão, o jogador chuta a pedrinha de casa em casa até completar o circuito.

Cuidado: os dois pés não podem tocar o chão ao mesmo tempo (quem precisar de um descanso, pode fazer isso no Céu) e não deve chutar a pedra forte demais, senão ela pode cair fora dos limites da casa ou pular alguma (da 3ª para a 5ª casa sem passar pela 4ª, por exemplo) ou ainda ficar em cima de uma das linhas. Essas situações fazem o jogador perder a vez.

A próxima fase é percorrer todo o trajeto pulando em um pé só e carregando a pedra em diferentes partes do corpo: na cabeça, sobre o joelho, o ombro, no pé etc.


• Círculo


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Caracol (costume em todo país)

Trace no chão uma grande espiral, começando do meio para fora e divida o interior em “casas”, como na figura abaixo . No centro, fica o Céu.

O número de casas é decidido pelos jogadores no início. Quanto mais longo o caracol, mais difícil fica a brincadeira.

O objetivo é percorrer, pulando num pé só, todas as casas até chegar no Céu, onde se pode colocar os dois no chão. Depois de um breve descanso, o jogador volta do mesmo jeito, pulando a casa onde está a pedra na ida, e pegando a pedra na volta. Se conseguir fazer todo o percurso sem encostar os dois pés no chão (exceto quando está no Céu), ele “ganha” uma casa de sua escolha. Ele fará um desenho nela e, a partir daí, só ele poderá pisar naquela casa. As outras crianças deverão pular essa casa. A brincadeira vai ficando mais e mais difícil à medida que as crianças vão conquistando novas casas.


Curiosidades

Os nomes da brincadeira

Sabe como se chama amarelinha em cada região do país? Academia (RN e PB), avião (AL e RJ), boneca (PI), cademia (PE), cancão (MA), macacão (SE), macaco (BA), pula-pula (PB), amarelinha (SP e RJ), maré (RJ e RS), quadrinhos (PB), queimei (SC), sapata (RS), casco (RJ), amarelas (RJ e MG), casa de boneca (CE), céu e inferno (PB e PR), macaca (AC, PA, AP, CE, RS e PI).


Não é só no Brasil que se brinca de amarelinha. Nos EUA, a brincadeira é chamada de hopscotch; em Portugal, macaca; na França, marelle, que, adaptado ao português, deu origem ao nome “amarelinha”. Nos países da América Latina, os nomes mais comuns são coroza, golosa e rayuela.

Versão moderna

Apesar de a amarelinha ser brincada, geralmente, em ruas e pátios escolares, hoje em dia dá para brincar até dentro de casa e em sala de aula sem ter que riscar o chão. Diversas empresas de brinquedos oferecem tapetes com o riscado da amarelinha.

A amarelinha e as religiões

Enquanto Renata Meirelles aponta elementos cristãos na essência da brincadeira, Rodolfo Domenico Pizzinga, mestre em Educação e doutor em Filosofia, defende que a amarelinha ajuda a transmitir às crianças a mensagem da cabala judaica, já que o riscado se assemelha à Árvore Sefirótica, um diagrama de “emanações” conhecidas como "sefirots" que representam os elementos relacionados à criação do mundo.


Fonte
• MEIRELLES, Renata in Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos meninos do Brasil. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2007.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tabuada Concreta


A tabuada é um tipo especial de tabela, que no Ensino Fundamental I, está associada à memorização de fatos aritméticos e, de todas as operações, em especial, dos fatos da multiplicação.
Um dos fatores da criança não gostar da tabuada é que ela sempre foi um aprendizado mecânico. Tinha-se que decorar a tabuada inteira e pronto. Os professores não faziam com que os alunos entendessem o processo, exigiam apenas a memorização.
Todo esse processo de decorar acaba sendo cansativo para o aluno. E é normal que ele acabe ficando com uma birra por causa da tabuada; é um processo de decoração e não de entendimento.
Existem técnicas que ensinam a tabuada sem ser na base da decoração. Se o aluno entender todo o processo, a tabuada deixará de ser a vilã do ensino. A pressão também colabora para que ele não goste naturalmente da tabuada. 
O método mais fácil de fazer com que a criança goste da tabuada é fazer com que ela não decore, e sim aprenda. Ela precisa entender o que isso significa e porque é usado.
Os recursos concretos ilustram a explicação do professor e assim, facilitam a compreensão.
Com a tabuada concreta é possível trabalhar com a multiplicação, utilizando a quantidades de tampinhas vezes a quantidade de potes, vai se obter o resultado da multiplicação. Exemplo: se tenho 5 potes e cada um tem 4 tampinhas no total terei 20 tampinhas. Na divisão é só fazer o inverso da multiplicação, exemplo: se eu tenho 20 tampinhas e as divido em 5 potes terei como resultado 4 tampinhas em cada pote. Na adição é só utilizar o princípio da junção das tampinhas e na subtração retirá-las de uma quantidade.
Na Educação Infantil, esse material pode ser utilizado com outras finalidades como: seleção, ordenação e identificação de cores ou quantidades. É possível também organizar uma sequência numérica, colocando em cada pote uma quantidade de tampinhas de forma crescente de 1 a 10, por exemplo.