sábado, 28 de novembro de 2015

TDO – Transtorno Desafiador Opositor

Por: Simone Barbosa Pasquini
Todas as crianças passam por fases difíceis que muitas vezes poderiam ser descritas como “de oposição”, especialmente quando se está cansado, com fome, estressado ou chateado. Quando eles estão assim podem discutir, conversar, desobedecer e desafiar os pais, professores e outros adultos. Há também momentos no desenvolvimento normal que o comportamento de oposição é esperado, como por exemplo entre dois a três anos de idade ou até mesmo na pré-adolescência. Entretanto, o comportamento hostil se torna uma preocupação quando é frequente e consistente, que se destaca quando comparado com outras crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento e quando ela afeta a família da criança, social e a escola.
Para melhor entender, nada melhor como uma boa definição:
O transtorno de oposição (TDO) é um transtorno disruptivo, caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e comportamento hostil. A criança ou adolescente discute excessivamente com adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam deliberadamente os demais, possuem dificuldade de aceitar regras e perdem facilmente o controle se as coisas não seguem a forma que eles desejam (SERRA-PINHEIRO et al., 2004, p.273).
Em crianças com transtorno desafiador opositor (TDO), geralmente apresentam um padrão contínuo de comportamento não cooperativo, desafiante, desobediente e hostil incluindo resistência a figura de autoridade. O padrão de comportamento pode incluir:
Frequentesacessos de raiva
Discussões excessivas com adultos, muitas vezes, questionando as regras
Desafio e recusa em cumprir com os pedidos de adultos
Deliberada tentativa de irritar ou perturbar as pessoas
Culpar os outros por seus erros e mau comportamento
Muitas vezes, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros
Freqüente raiva e ressentimento
Agressividade contra colegas
Dificuldade em manter amizades
Problemas acadêmicos

Embora não haja nenhuma causa claramente compreendida, acredita-se ser uma combinação de genética, ambiente, incluindo:
Disposição natural de uma criança
Limitações ou atraso no desenvolvimento da capacidade de uma criança no processo de pensamento e sentimento
Falta de fiscalização
Inconsistência ou disciplina severa
Abuso ou negligencia
Desequilíbrio de certas substancias químicas do cérebro, tais como a serotonina

Os sintomas são geralmente vistos em várias configurações, mas são mais perceptíveis em casa ou na escola. Muitos pais relatam que seu filho com TOD estava mais rígido e exigente que os irmão da criança, desde tenra idade.
Este problema é bastante comum, ocorrendo entre 2% e 16% das crianças e adolescente. Em crianças menores é mais comum em meninos, mas durante a adolescência ocorre com frequência em ambos os sexos. O inicio é geralmente gradual e aumenta a gravidade dos problemas de comportamento ao longo do tempo.
A melhor maneira de tratar um criança com TDO inclui Psicoterapia infantil que abrange técnicas de manejo e modificação do comportamento, utilizando uma abordagem coerente da disciplina e seguir com reforço positivo de comportamentos adequados.
É muito difícil os pais lidarem com estas crianças e adolescentes, por isso é indicado Orientação de Pais para melhor entendê-los além de obterem apoio e compreensão e consequentemente receberem treinamento acerca de habilidades de manejo desta crianças.
O sucesso do tratamento requer empenho e acompanhamento em uma base regular de ambos pais e professores.
FONTE:http://www.psicologiaeciencia.com.br/tdo-transtorno-desafiador-opositor/

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Plano de aula - A borboleta levada

Objetivos
Associar número e quantidade; proporcionar momentos de descoberta e criação, a fim de acelerar o processo cognitivo do aluno; explorar a capacidade criativa do educando; interpretar o texto oralmente e trabalhar conceito de amizade entre as crianças.
plano de aula para primavera
Aconchego
Receber os alunos com música animada e cenário alegre. Pode-se utilizar balões e simular um jardim com um tapete verde e flores artificiais.

Hora da Novidade
Leia pra eles algumas curiosidades do dia. Faça um quadro com EVA ou papel pardo, cole grama e flores de E.V.A de modo a deixá-lo atraente.
- Você sabia que a borboleta já foi uma lagarta?
- Você sabia que muitas borboletas vivem apenas algumas semanas?

1º momento
História - A borboleta levada
''Era uma vez, em um reino muito distante uma borboletinha chamada __________________.

borboletas com rolo de papel higiênico
(Apresentar uma borboleta feita com material reciclado (rolo de papel higiênico) e pedir que eles lhe deem um nome. Falar sobre o que acham dela, suas cores, características e qualidades).

Ela vivia muito feliz no jardim da casa de dona Joana. __________ era muito levada e vivia fazendo careta pra todo bichinho que encontrava. Sua mamãe _______________ vivia dizendo pra ela:
- ____________ deixa de ser levada menina!
Um dia, enquanto passeava pelo jardim ela viu dentro da água da fonte uma linda borboleta, mas levada como era tratou logo de fazer uma careta pra ela. Qual não foi sua surpresa quando a borboletinha lhe fez uma careta tão assustadora que _____________ saiu voando rapidinho pro colo de sua mamãe gritando:
- Mamãe, mamãe, tem uma borboleta muito feia lá na fonte fazendo careta pra mim.
Mamãe ________ que já sabia do que se tratava levou ________ até a fonte e explicou pra ela que aquele era apenas seu reflexo  e lhe disse como ela ficava bem mais bonita sem fazer careta pra ninguém.
Desde aquele dia ____________ apenas sorri e trata com muita gentileza e carinho todos os bichinhos do jardim. Foi assim que aconteceu e fim.

2º Momento
Falar sobre a história e reforçar a importância de ser sempre gentil e não fazer travessuras. Perguntar o que eles acharam da história e se teriam outro fim pra ela.

3º Momento
Cantar com as crianças, brincar de roda e imitando as possíveis caretas que a borboletinha possa fazer.


Música: Ciranda, cirandinha

♫ No jardim da minha casa,
Tem uma linda borboleta...
É levada e sapeca,
E adora uma careta! ♪

4º Momento
Desenhar e carimbar borboletas com carimbo das mãos e dos pés. Dicas e ideias para fazer este trabalho aqui.
5º Momento
Trabalhar com a turma com produção de várias borboletas, tanto para decorar a sala como para levar pra casa. Aqui pode-se também falar sobre a transformação das borboletas.Tem ideias de decoração da sala com borboletas feitas de guardanapo de papel aqui e aqui com passo a passo, são lindas!

6º Momento
Fazer com as crianças a recontação da história, com dedoches de borboletinhas de papel feitas pelas crianças, 
Finalização
Realizar oficinas para produzir lembrancinhas de borboletas e presentear os alunos. Sugestão: borboletas com corações de EVA e palito de picolé e borboletas com corações de EVA e pirulitos! 

Da Ideia Criativa, com adaptações.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Libras: Sistemas de Classifcação

Sistemas de Classificação são estruturas complexas e ainda muito pouco exploradas pelos ouvintes intérpretes porque dependem de elementos próprios da cultura surda, os quais não são meramente aprendidos a partir da imitação, como acontece com a maioria dos sinais. Por isso os ouvintes têm mais dificuldade em reproduzi-los do que os surdos que o fazem naturalmente ancorados pela sua base cultural natural.
Enfatizando essa idéia de complexidade, reitero ser este estudo uma mera base estrutural que nos ajudará a compreender um pouco deste vasto campo de estudo composto pelos Sistemas de Classificação. Para isto, é válido lembrar que existem algumas regras que permeiam esta ferramenta valiosíssima da Língua de Sinais. Por exemplo, as (C.M.) utilizadas para cada objeto ou ação representada.

“D” para pessoa
“5” para animal
“C” para objetos cilíndricos
“1” para formas geométricas
“B” para superfícies planas
“Y” para objetos multiformes e irregulares
“G” para objetos finos e longos

Sistemas de Classificação são conjuntos de elementos visuais, entre os quais se podem encontrar ou definir relações para a visualização da imagem mental. Essa comunicação não-verbal, a icônica, não fala apenas no plano consciente, mas, consegue chegar às profundezas do inconsciente.
Baseando-se em sistemas de classificação, os surdos visualizam uma imagem mental configurando com as mãos, e retratam a imagem para manter uma comunicação com mais clareza de detalhes. Os traços essenciais desses sistemas com movimentos e ritmos de imagens, articulados num ícone apresentam relações análogas para a comunicação, que é formada a partir de cortes, descrição de um objeto, pedaço de uma cena ou ação, e as relações de umas com as outras, formando um painel de mosaicos com fluência e ritmo.
Não há forma sem significado, nem significado sem forma. Essa semântica, esse significado peculiar é que retrata tanto a ação como a descrição em estruturas funcionais. Porém o significado de uma forma depende do repertório, e este é o significado real da linguagem. Mas, esse repertório varia de pessoa para pessoa, dependendo da vivência e da cultura de cada um, e a cultura depende da faixa sócio-econômica em que se situa a pessoa, pois a formação e a informação dependem de muitos outros fatores.

Os Sistemas de Classificação nos permite explicar com clareza, frases, palavras, coisas e situações que não possuem sinal próprio.

A divisão que apresentamos a seguir é meramente didática, pois os sistemas se interligam e se intra-relacionam intrinsecamente. Essa tomada de imagens segue certa sequência que não se pode traduzir palavra por palavra, pois a estrutura da Língua Portuguesa é diferente da Língua de Sinais.

a) Sistema Descritivo: Toda e qualquer descrição, poderá valer-se do uso de figuras geométricas. Esta descrição deverá expor minuciosamente os elementos visuais (forma, tamanho, textura e se precisar, a cor) e traçar a figura geométrica do desenho do objeto.
b) Sistema Específico: Este sistema deve retratar características especiais, com explicações minuciosas, esmiuçar as particularidades das partes do corpo dos seres animais. Ex: forma e tamanho dos pelos(comprido, curto arrepiado).
c) Sistema Funcional: Deverá reproduzir a imagem da ação, a maneira como um corpo ou parte do corpo age e atua. Esse movimento, configurado com as mãos, deverá retratar o comportamento e/ou funcionamento de qualquer corpo. Ex: mordida de animais, movimento dos olhos, trejeitos.
d) Sistema de Locação: Deverá reproduzir a imagem de como um corpo se relaciona num determinado lugar, definindo posições, localizações e expressões dessa correspondência. Ex: sobre a mesa, no ar, no céu, etc.
e) Sistema Instrumental: Deverá reproduzir a imagem de como se serve, se utiliza alguma coisa. Ex: vassoura varrendo, gaveta abrindo, abrindo tampa de garrafa ou vidros, ferramentas.
f) Sistema de Pluralização: Esse sistema classifica números determinados ou indeterminados de alguma coisa, pessoa ou animal. Ex: pessoa(s) ou animal(is) indo e vindo.
g) Sistema de Elementos da Natureza: Reproduz a imagem de elementos que não são sólidos. Ex: o ar, a fumaça, a água líquida, a chuva, o fogo, a luz etc.
Referências Bibliográficas: A Imagem do Pensamento - Editora Escala INES

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Fantoche de vara com material reciclado

Dica de material pedagógico para trabalhar com a turminha do maternal, creche e berçário com material reciclado. Usando um garrafão plástico cortado no gargalo, vareta e bexiga você faz lindos fantoches de vara que saltam para fora e fascinam as crianças. Super sugestão para contar histórias!
fantoche de vara feito com material reciclado para maternal

Use os fantoches de vara para surpreender e divertir as crianças, convidando-os a jogar, brincar e se expressar verbalmente. Decore o palito com flores e borboletas e você terá uma linda lembrancinha para a primavera. 
Veja como brincar... 'Cadê o palhacinho??? Olha ele aqui!!!'

Transtornos da Conduta


Diagnóstico
Basicamente consiste numa série de comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o comportamento desses pacientes apresenta maior impacto nos outros do que nos próprios. O transtorno de conduta é uma espécie de
 personalidade antissocial na juventude. Como a personalidade não está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o transtorno de conduta é muito próxima. 
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é necessário verificar a presença de outras características e comportamentos desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O transtorno de conduta é frequente na infância e um dos maiores motivos de encaminhamento a psiquiatria infantil. 
http://www.psicosite.com.br/separa_topo.gif
Característica
na juventude. Como a personalidade não está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade antissocial e o transtorno de conduta é muito próxima.
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é necessário verificar a presença de outras características e comportamentos desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O transtorno de conduta é freqüente na infância e um dos maiores motivos de encaminhamento a psiquiatria infantil. 
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Curso
Tem sido observada uma tendência a se tratar de um problema duradouro que inicia na infância podendo chegar à idade adulta. Como é um transtorno relativamente novo não se pode afirmar cientificamente que durará a vida toda. Por enquanto tem se verificado que quanto mais precoce o início, maior a gravidade e tendência a durar ao longo da vida. Os sintomas mais leves como mentiras, falta às aulas podem preceder comportamentos mais graves como agressões físicas ou abuso de drogas. O desinteresse escolar e o próprio comportamento desviante levam ao fracasso acadêmico, tornando o futuro dessas crianças ou adolescentes mais limitado. O encontro com outras pessoas com o mesmo perfil pode ocasionar na formação de gangues, o que significa um primeiro passo na direção de atividades ilegais em grupo. Nesse caso as companhias podem precipitar as atividades delinqüentes.
Alguns eventos da vida favorecem a permanência do comportamento desviante, outros o atenuam. O ambiente escolar tanto pode incentivar como inibir, dependendo de suas características. Constata-se que uma boa escola faz diferença para a educação e formação dos adolescentes e crianças. Igualmente o suporte familiar e o envolvimento afetivo. A identificação com uma pessoa de boa índole tanto pode atenuar o comportamento como precipitar e aprofundar um comportamento patológico quando o parceiro afetivo age nesse sentido.
Um ciclo vicioso entre gerações é observado no ambiente antissocial do transtorno de conduta. Filhos de pais antissociais tendem a ser antissociais que por sua vez tendem a educar filhos antissociais perpetuando o ciclo. Não há evidências suficientes para se afirmar que esse problema seja mais genético do que ambiental, ou o contrário. Os estudo mostram influência genética, mas isso apenas não é suficiente para fazer surgir o transtorno de conduta.
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Comorbidade
As crianças e adolescentes com transtorno de conduta apresentam também mais do que outras pessoas na mesma faixa etária, incidência de transtornos mentais. O mais frequente é o déficit de atenção com hiperatividade, estando presente em aproximadamente 43% dos casos, os transtornos de ansiedade e obsessivo-compulsivos em 33% dos casos. O abuso de substâncias psicoativas também é mais elevado dentre os adolescentes com transtorno de conduta.
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Tratamento
Os tratamentos citados na literatura não apresentam respostas satisfatórias, mas alguma melhora do comportamento é possível de ser obtida com uma intervenção em diferentes áreas. Psicoterapia individual, uso de medicação para os sintomas mais proeminentes, psicoterapia familiar, orientação de pais, treinamento dos envolvidos no trato direto como os professores. Abordagens isoladas como psicoterapia individual dificilmente surtirão algum benefício.
 www.psicosite.com.br/tra/inf/conduta.htm

Disgrafia é uma alteração da escrita

Seu filho tem estado inquieto, com lentidão para escrever ou a letra está ilegível?
 Se a resposta foi positiva, observe bem o caderno escolar e as atitudes da criança, pois ela pode estar com disgrafia, termo que representa a incapacidade de escrever corretamente.



Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia.

A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características:
- Lentidão na escrita.
- Letra ilegível.
- Escrita desorganizada.
- Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita
-Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
-O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
-Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

Tipos:
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:

- coordenação visuo-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da linguagem escrita;
-da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e no conjunto da folha de papel, assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral.

Orientações para os pais e Escola

- Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto(maiúsculas e minúsculas), números.
- Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
-Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
-Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.

-Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral e adaptações da prova (tamanho do espaço para escrita e na matemática(pode deixar utilizar a folha papel quadriculado 0,7x0,7 cm na escrita e na matemática - adição,subtração)
-Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
-Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

 O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os déficts na mesma, na medida em que se pretende melhorar os fatores funcionais que afetam o ato de escrever. Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste domínio.
A) Pautas
- Lisa unilineal: permite à criança apoiar corretamente a escrita, mas não dá resposta aos problemas de dimensão ou espaçamento.


- Lisa de duas linhas: as letras baixas são adequadamente situadas entre duas linhas, o que compensa parcialmente o problema das dimensão das letras.

- Quadriculdada: permite adequar a escrita em termos de dimensão e espacialização. Convém utilizar quadrículas grandes para que a criança não tenha de fazer um esforço perceptivo suplementar e desnecessário.

B) Exercícios de Aperfeiçoamento
-Transtornos de proporção
O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras. Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma.

- Transtornos de ligação entre entre letras
• Exercícios de reaprendizagem da forma das letras.
• Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.
• Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma correta.

- Transtornos de Espaçamento
O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento.

- Posição do corpo (controle postural/apoio dos pés no chão)
-Posição da mão/dedos
-Posição do papel




Posições incorretas frequentes na disgrafia:


• o lápis é segurado com a colocação de dedo polegar por cima do mesmo. Desta forma, a mão cansa-se mais, uma vez que o dedo polegar tem uma função de suporte e ao colocar-se em cima do lápis atrasa a escrita e provoca sensações dolorosas ou de fadiga na mão.

• flexão excessiva de um ou vários dedos durante a escrita, o que gera sensações desagradáveis durante a escrita.

• inadequada postura do ângulo que forma a mão ao escrever com o papel. É mais comum entre canhotos, mas também acontece nos destros. Esta posição leva a fadiga e sensações dolorosas do punho.

• a criança segura o lápis com os dedos indicador e polegar.Progressivamente a criança deve ser ensinada a utilizar a pinça fina (indicador, polegar e médio).

 
A criança segura o lápis com os dedos indicador e polegar e estabiliza no dedo médio.Os dedos anular e mínimo tem a função estabilidade.Mobilidade na escrita são os dedos pinça fina (indicador e polegar).