Se for do interesse deles, está certo. E se o interesse for o contrário, também está certo.
Crianças
adoram descobrir coisas novas, experimentar o desconhecido. E isso é
muito saudável. Então, se você flagrar sua menininha brincando de
carrinho, ou o seu filhão encantado com uma boneca, não se preocupe.
Isso é absolutamente natural.
Há anos que se determinou que
meninas brincam de boneca e meninos de carrinho. Mas na verdade,
qualquer brinquedo atrai a atenção dos pequenos, inclusive aqueles que,
teoricamente, não são apropriados para eles.
O problema é que os
pais, acostumados com os conceitos impostos sobre sexualidade, acabam se
preocupando e não sabem como agir nessas situações. O que será melhor:
fingir que não viu, dar uma bronca ou deixar a criança brincar com o que
quiser?
Psicólogos e educadores afirmam que reprimir a vontade
dos filhos não é a atitude correta. Os pais devem sempre se policiar
para não autorizar ou proibir brincadeiras e atitudes baseadas em
“coisas de menina” e “coisas de menino”. Se a filha gostar de jogar
futebol e o filho tiver vontade de brincar de casinha, os pais não devem
intervir.
As escolhas no brincar não têm nada a ver com a
sexualidade da criança e sim com novas experiências e descobertas, que
são importantes para o desenvolvimento natural durante a infância.
As
crianças devem apenas ser orientadas pelos pais e ter livre arbítrio
para fazer suas escolhas. Essa diferença na criação de meninos e meninas
só cria uma expectativa nos pequenos quanto ao papel que devem assumir e
impede que se desenvolvam normalmente.
Então, esqueça essa
história que meninos não choram e que meninas são mais frágeis e deixe
que seus filhotes cresçam livres, sem preconceitos. O importante é que
os pequenos aprendam a conviver junto com crianças do sexo oposto,
entendam e respeitem as pequenas diferenças.
Paula R. F. Dabus
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