domingo, 1 de maio de 2016

O que causa o autismo?

Há algumas décadas, acreditava-se que a família era a responsável pelo surgimento do autismo nas crianças. Usava-se o conceito “mãe geladeira”, atribuindo às mães a culpa por serem frias e distantes no relacionamento com os filhos. Algumas crianças portadoras do transtorno eram retiradas de suas casas. E com o tempo percebeu-se que elas não apresentavam melhora no quadro de seu desenvolvimento.
Essas teorias caíram por terra quando novos estudos foram sendo feitos e provando que o autismo já nasce com a criança, ninguém “se torna” autista.
Muitos pais ainda se sentem culpados quando descobrem o diagnóstico, se indagando aonde podem ter errado. Mas não há motivo para alimentar essa culpa!


causa autismo


São muitos os estudos voltados para definir o que exatamente causa o autismo. Até hoje não existe uma explicação conclusiva, muitas são as hipóteses. A principal causa apontada hoje é a genética, apesar de não ser a única. Existem também estudos apontando para fatores ambientais que influenciam na formação do bebê ainda na barriga da mãe, como medicamentos (principalmente antidepressivos), contato com substâncias tóxicas, infecções e outras complicações na gestação, como o diabetes e a pressão alta.
O que sabemos é que o autismo ainda não tem cura e não se trata de uma doença. Ele é, na verdade, um funcionamento cerebral diferente, causado por um comprometimento no sistema nervoso central. Alguns em graus mais leves, outros em graus mais severos. Independente do grau de comprometimento, todos têm os mesmos direitos e precisam de auxílio e tratamentos. Errado é acreditar que autistas de grau leve não precisam de tratamento! Todos os esforços se voltam para que estas pessoas conquistem sua autonomia e desenvolvam-se com mais qualidade de vida.

AUTISMO EM MENINAS
Outro dado interessante é a predominância de diagnósticos no sexo masculino, falando-se em 1 no gênero feminino para cada 4 no gênero masculino. A cor azul representa o autismo justamente por essa predominância.
Porém, o que tem se observado é que existem muitos casos de autismo em meninas que não foram identificados. O diagnóstico feminino é mais difícil. É mais “aceitável” que as meninas sejam tímidas, introspectivas e sensíveis. Dessa forma, os sintomas ficam disfarçados, se confundindo com características tipicamente femininas. Deduz-se então que o número de casos de TEA no gênero feminino pode ser muito maior do que os dados que temos hoje.


Por Amanda Puly

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