Os sinais do autismo podem ser observados pelos pais entre os 2 e 3 anos de idade, pois a criança autista tem características muito específicas e pode apresentar alguns comportamentos 'estranhos' que chamam atenção.
Normalmente os pais, avós e professores da creche ou do jardim de infância são os primeiros a desconfiar do autismo quando a criança parece que fica parada no tempo, sem ter nenhum tipo de interação com outras crianças ou brinquedos. Quando este comportamente se torna frequente ou quando a criança também apresenta outros sinais como ficar se balançando para frente e para trás o tempo todo, os pais devem ficar desconfiados e observar os comportamentos da criança e em caso de suspeita, levar a criança ao pediatra.
Sinais que podem indicar autismo
Os primeiros sinais de autismo podem ser observado em bebês que apresentam os seguintes sinais:
- Até 9 meses: Não se aconselham ao colo da mãe ou do pai e não olha nos olhos, não sorri, não emite sons que possam chamar a atenção dos adutos;
- Com 1 ano: Não olham quando são chamados pelo nome e
- Após os 2 anos: Não usam mais de 2 palavras que não sejam repetição.
Para saber se a criança tem autismo ela deve apresentar os seguintes sinais e sintomas, de forma frequente a partir dos 2 anos de idade:
Dificuldade na interação social
- Não olhar nos olhos ou evitar não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela, estando bem próximo;
- Risos e gargalhadas inadequadas ou fora de hora, como durante um velório ou uma cerimônia de casamento ou batizado, por exemplo;
- Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar;
- Dificuldade em relacionar-se com outras crianças e por isso prefere ficar sozinho do que brincar com elas;
- Repetir sempre as mesmas coisas, brincar sempre com os mesmos brinquedos.
Dificuldade de comunicação
- A criança sabe falar, mas prefere não falar nada e mantém-se calada por horas, mesmo quando fazem perguntas para ela;
- A criança refere-se a si mesma com a palavra: você
- Repete a pergunta que lhe foi feita várias vezes seguidas sem se importar se está chateando os outros;
- Mantém sempre a mesma expressão no rosto e não entende gestos e expressões faciais dos outros;
- Não atender quando é chamado pelo nome, como se não estivesse ouvindo nada, apesar de não ser surdo e de não ter nenhum comprometimento auditivo;
- Olhar com o canto do olho quando sente-se desconfortável;
- Quando fala a comnunicação é monótona e com tom pedante.
Alterações comportamentais
- Não tem medo de situação perigosas, como atravessar a rua sem olhar para os carros, chegar muito perto dos animais aparentemente perigosos, como cães de grande porte;
- Ter brincadeiras estranhas, dando funções diferentes aos brinquedos que possui;
- Brincar com somente uma parte de um brinquedo, como a roda do carrinho, por exemplo, e ficar constamente olhando e mexendo nela;
- Aparentemente não sente dor e parece que gosta de se machucar ou de machucar os outros de propósito;
- Leva o braço de outra pessoa para pegar o objeto que ela deseja;
- Olha sempre na mesma direção como se estivesse parado no tempo;
- Fica se balançando para frente e para trás por vários minutos ou horas ou torcer as mãos ou os dedos constantemente;
- Dificuldade a se adaptar a uma nova rotina ficando agitado, podendo se autoagredir ou agredir os outros;
- Ficar passando a mão em objetos ou ter fixação por água;
- Ficar extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos.
Caso os pais ou professores observem estes sintomas na criança é recomendada uma consulta com um neuropediatra para que ele faça o diagnóstico do autismo e indique o tratamento adequado.
Autismo é mais frequente em meninos
Os meninos são mais afetados que as meninas e apesar das causas do autismo ainda não serem totalmente compreendidas, sabe-se que esta doença não tem cura, mas que o tratamento pode ajudar a controlar alguns sintomas e tornar a convivência familiar um pouco mais facilitada.
Embora as causas não seja totalmente conhecidas, sabe-se que esta síndrome tem uma causa genética, que pode ser agravada quando um dos pais tem mais de 40 anos, a criança nasceu pré-matura, com menos de 2,5 kg, a falta de ácido fólico e uso de drogas ou remédios como ácido valproico durante a gestação.
Como tratar
O tratamento do autismo varia de uma criança para outra porque nem todos são afetados da mesma forma. De forma geral é necessário recorrer a diversos profissionais de saúde como médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicopedagogo, sendo muito importante o apoio familiar para que os exercícios sejam realizados diariamente, melhorando assim as capacidades da criança.
Este tratamento deve ser seguido por toda a vida e deve ser reavaliado a cada 6 meses para que possa ser adequado às necessidades da família.
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