sexta-feira, 19 de junho de 2015

TDAH – Algumas dicas para os pais

Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.
Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.

A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:


•Mandamentos
1.Reforçar o que há de melhor na criança.

2.Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.

3.Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.

4.Aprender a controlar a própria impaciência.

5.Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.

6.Não esperar ‘’perfeição’’.

7.Não cobre resultados, cobre empenho.

8.Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.

9.Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.

10.Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.

11.Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.


•Estudo

1.Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino aprendizagem.

2.Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.

3.O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.

4.Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.

5.Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.


•Regras do dia-a-dia

1.Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.

2.Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.

3.Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.

4.Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.

5.Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.


•Casa

1.Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.

2.Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.

3.Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.

4.O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc.


•Comportamento

1.Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.

2.Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.

3.Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.

4.Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.

5.Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.

6.Estimular a criança a fazer e a manter amizades.

7.Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).


•Pais

1.Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.

2.Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou mesmo empatando.

3.Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.

4.Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.

5.Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.

6.Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).

7.Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.

8.Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.

9.Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.


•Lembre-se sempre

1.Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.

2.Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.

3.Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.

4.Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.

Fonte: Hiperatividade e Déficit de Atenção.

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