Esse tipo de 
comportamento pode ser de difícil identificação, portanto é importante 
saber que nem toda criança desatenta tem o Transtorno de Déficit de 
Atenção. 
A criança que tem 
Déficit de atenção não é menos inteligente que as outras crianças, porém
 não consegue desenvolver integralmente seu potencial, visto que a 
fixação da atenção é prejudicada. 
A desatenção é um efeito
 que muitas vezes enganam na hora do diagnóstico porque estas pessoas na
 verdade não têm um déficit de atenção para tudo. Muitas vezes conseguem
 prestar muita atenção em algumas coisas, principalmente quando são 
bonitas, novas, estimulantes, interessantes ou assustadoras. Isto pode 
ser uma inconsciente busca do cérebro por um estímulo que ative o córtex
 pré-frontal. Em termos práticos, uma pessoa não consegue fazer qualquer
 coisa, sem que sua cabeça fique voando entre seus pensamentos, 
frequentemente distraindo-se com qualquer coisa que lhe chame mais 
atenção, voltando novamente a se distrair com um outro movimento e assim
 por diante, cometendo erros freqüentes por não prestar atenção aos 
detalhes. Este efeito é muito comum nas atividades escolares.
Entre os principais 
sintomas de desatenção estão a dificuldade em prestar atenção nos 
detalhes; errar por descuido nas atividades escolares pela dificuldade 
em manter a atenção; não seguir instruções; não terminar as tarefas; as 
vezes parece não escutar ou se faz de surdo; dificuldade em organizar 
tarefas e atividades; distrai-se facilmente com estímulos externos; 
evitar ou relutar em “realizar” esforço mental; perder coisas 
necessárias para as tarefas e ser facilmente distraído por qualquer 
estímulo externo.
Muitas vezes a falta de 
atenção pode vir acompanhada do sintoma de impulsividade, e pode até ter
 um aspecto positivo quando este comportamento leva a uma ação. 
Entretanto no portador de TDAH o problema é que este comportamento se 
torna patológico, há uma falta de planejamento em função da busca 
intensa e constante da gratificação imediata e das novidades. A 
impulsividade é um dos sintomas muito persistentes, impulsivamente 
interrompe o que está fazendo para iniciar outra atividade e vai 
acumulando várias tarefas sem finalizá-las. 
De acordo com Mattos 
(2004) as crianças portadoras de TDAH são muito impacientes e muito 
ansiosas; frequentemente estão expostas a riscos; podem provocar 
confusão; discussão; viver em conflito consigo mesma ou com outras 
pessoas. Novamente tudo isso é uma forma inconsciente de estimulação do 
córtex pré-frontal, que anseia por mais atividade. Ao contrário do que a
 maioria das pessoas pensa o indivíduo com TDAH não faz as coisas 
propositalmente, pois não as percebe e pode acabar se viciando no tal 
efeito. 
O vício acontece porque o
 cérebro tem produz uma substância química sempre que a pessoa 
apresentar quando tem o comportamento e isto vai produzir uma gravação 
neurológica cada vez mais forte contribuindo para que a pessoa se vicie 
nesta produção química. 
Segundo Goldstein 
(2004), existe o TDAH do tipo não específico; a pessoa apresenta algumas
 características, mas um número insuficiente de sintomas para chegar a 
um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a 
vida diária desta pessoa. Esses sintomas também podem ser explicados por
 outros transtornos, por isso é preciso uma investigação minuciosa, a 
fim de descartar outras possibilidades de diagnóstico.
Segundo Benczik (2002) é
 comum nestas crianças, quando não conseguem fazer as tarefas se 
fecharem e não se sentirem estimuladas a tentarem fazê-las novamente, 
temendo um novo fracasso. Estas crianças tendem geralmente a produzir 
menos do que são capazes. Neste caso os elogios e encorajamento podem 
ajudar muito para que seu processo de aprendizagem seja mais eficiente. 
Neuroeducadora e Psicopedagoga

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