DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Retardo mental, deficiência mental, déficit cognitivo e deficiência intelectual. afinal, que termo eu uso.
Atualmente, utilizamos o termo deficiência intelectual. Este termo surgiu em agosto de 2006 na Convenção Internacional de Direito Humanos das Pessoas com Deficiência (ONU).
A deficiência intelectual não é uma doença ou transtorno psiquiátrico, e sim, o prejuízo das funções cognitivas causadas por fatores que prejudicam o desenvolvimento do cérebro e acomete o indivíduo em grau leve a grave.
De acordo com o MEC são deficientes intelectuais as pessoas com funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, o qual de manifesta antes dos 18 anos, com limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, vida em comunidade, saúde, segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.
Estudos da ONU e do Banco Mundial indicam que existe um número maior de casos de deficiência intelectual em países onde existe um índice maior de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
Temos que ter claro que sempre que o diagnóstico é realizado antes dos 6 anos de idade necessitam ser reavaliados no futuro pois, neste período, as pobres estimulações e mudanças podem mascarar um diagnóstico.
As causas podem ser por transmissão genética (como a Síndrome de Down), de origem metabólica (como a fenilcetonúria), por danos cerebrais (acidentes, tumores) ou por desordem psíquica (autismo).
Nas causas pré-natais podemos citar a desnutrição materna, medicamentos, intoxicações e doenças infectocontagiosas. No período neonatal temos os casos de anóxia e traumatismos na hora do parto. E no período pós natal pode ser decorrência de acidentes.
As principais características da deficiência intelectual são:
- Área motora: dificuldades com a motricidade fina e coordenação global;
- Área cognitiva: aprendizagem de conceitos abstratos, em focar a atenção, na memorização, na resolução de problemas, na generalização e no ritmo de trabalho que é lento;
- Área da comunicação: dificuldades na linguagem expressiva;
- Área sócioeducacional: discrepância entre a idade mental e cronológica.
Para trabalhar com alunos com deficiência intelectual devemos focar o nosso trabalho em:
- Focar a nossa atenção dando prioridade a poucos objetivos de cada vez;
- Sempre partir de contextos reais;
- Criar situações de aprendizagens produtivas e significativas onde os alunos podem transferir a aprendizagem da escola para o contexto familiar e o cotidiano (se trabalhar o sistema monetário incentivar a família a aplicar o uso em compras simples supervisionadas pela família);
- Dividir as tarefas em partes pequenas e ir aumentado as dificuldades gradativamente sempre que o aluno já tiver vencido a etapa anterior;
- Motivar e elogiar sempre todos os esforços do aluno pois isto aumenta a autoestima e leva o aluno a ter um autoconceito positivo;
- Se preocupar com um currículo funcional e não só com os conteúdos acadêmicos. Este currículo deve dar ênfase a independência e qualidade de vida;
- Ensinar o aluno a escrever seu nome, saber ler seu endereço e número de telefone, identificar sinais de trânsito, pontos de ônibus, fazer compras, dar e receber troco, compreender o valor do sistema monetário, a utilizar transporte público e se comunicar e se fazer entender;
- Basear seu trabalho em diferentes tipos de linguagem como música, artes, expressões corporais, vídeos, teatro, construção de maquetes e todas as ferramentas que possam alavancar o processo de aprendizagem, registrando sempre os progressos do aluno.
- Na área afetiva, ajude o aluno a se tornar independente e capaz de tomar iniciativas próprias ajudando-o a atingir a autonomia e a tomar a iniciativa. Ele também devem aprender os sentimentos dos outros e expressar os seus mantendo ele motivado mas cumprindo com as suas obrigações a partir do momento em que respeita os limites e regras estabelecidos;
- Na área social, ajude-o a efetivar a usa interação social através do exercício dos conceitos de cooperação, respeito e solidariedade. Conduto, construa regras e promova atividades compatíveis ao estágio de desenvolvimento dos alunos;
- Na área perceptomotora, promova atividades que os ajude a coordenar os movimento motores grossos e finos;
- Na área cognitiva, tenha um ambiente rico em estímulos mas sem uma sobrecarga auditiva e visual.
Fonte:atividadeparaeducacaoespecial.com
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