Principais momentos históricos
da Educação de Surdos
No século
XV Não havia escolas
especializadas para surdos.
Pessoas ouvintes tentaram ensinar os surdos. O atendimento escolar
especial as pessoas deficientes, teve seu início no Brasil no século XIX na
década de cinquenta.
A primeira escola de surdos no Brasil foi criada pela Lei nº
839, de 26 de setembro de 1857, por Dom Pedro II, no Rio de Janeiro.
Século XVI - Giralamo
Cardamo, italiano que utilizava sinas e linguagem escrita.
- Pedro Ponce de Leon, um monge espanhol utilizava além de sinais,
treinamento da voz e leitura dos lábios. Nascido em data indeterminada e tendo
vivido até 1584, Ponce tinha por objetivo ensinar os surdos a ler e escrever.
Era herbólogo e também manipulava alguns remédios a base de ervas com o intuito
de “curar” e fazer falar os surdos.
- Girolamo Cardano (1501-1576) era médico filósofo que reconhecia a
habilidade do surdo para a razão, afirmava que “... a surdez e mudez não é o
impedimento para aprender e o meio melhor é através da escrita... e é um crime
não instruir um surdo-mudo.” Ele utilizava a língua de sinais e escrita com os
surdos.
Século XVII
-Surge a Língua de Sinais utilizada por Abade L’Epèe na educação
dos surdos. Ele inaugurou a primeira escola para surdos. Em 1760, na França, o
abade L´Epée (Charles Michel de L´Epée:1712 -1789) iniciou o trabalho de
instrução formal com duas surdas a partir da Língua de Sinais que se falava
pelas ruas de Paris utilizando para esse fim além da Língua de Sinais, a datilologia
(alfabeto manual) e sinais criados artificialmente, obtendo grande êxito, sendo
que a partir dessa época a metodologia por ele desenvolvida tornou-se conhecida
e respeitada, assumida pelo então Instituto de Surdos e Mudos (atual Instituto
Nacional de Jovens Surdos) em Paris como o caminho correto para a educação dos
seus alunos.
Século XVIII Na
Europa usavam-se duas modalidades de ensino:
•Gestualismo – método alemão.
•Oralismo – método Frances. A grande maioria dos surdos defendia o
Gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo – por exemplo,
Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros
professores, médicos, etc.
Em resultado da evolução nos campos da tecnologia e da ciência, no
século XX, particularmente no campo da surdez, a educação dos surdos passou a
ser dominada pelo oralismo (que encara a surdez como algo que pode ser
corrigido). No entanto, sem a cura da surdez os insucessos do oralismo
começaram a ser evidenciados, pois os surdos educados neste método não
conseguiam um emprego, comunicar com ouvintes desconhecidos ou manter uma
conversa fluída.
1857 – Brasil
Fundada a primeira escola para surdos no Brasil pelo surdo francês
Ernest Huet. Hoje esta escola tornou - se Instituto de Educação de Surdos- o
INES. O dia do surdo é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à
inauguração da primeira escola de surdos do Brasil em 1857, o INES (Instituto
Nacional de Educação de Surdos). O filho de Thomas Hopkins Gallaudet, Edward
Miner Gallaudet, ajudou a iniciar a Columbia Institution for the Deaf and
Blind, em Washington, DC, que mais tarde se tornou Gallaudet University. A
Gallaudet University é a primeira instituição mundial de ensino superior para
Surdos. Em meados do século havia mais de cento e cinquenta escolas europeias e
vinte e seis nos EUA que utilizavam a língua gestual nas aulas. Neste país, um
terço dos professores de surdos eram surdos.
1880- Clímax da historia de
surdos Congresso Internacional de
Professores de Surdos – Milão Duelos polêmicos= língua de
sinais x oralismo
Temas:
• Os sujeitos surdos ficam subjugados às práticas ouvinistas.
• Tempo de instrução.
• Número de alunos por classe.
• Trabalhos mais apropriados aos surdos.
• Enfermidades, medidas curativas e preventivas. Turbulência na
educação dos surdos. Surgiu o Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão
– Itália, onde o método oral foi votado o mais adequado a ser adotado pelas
escolas de surdos e a língua gestual foi proibida oficialmente alegando que a
mesma destruía a capacidade da fala dos surdos, também argumentando que os
surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a usar a língua de sinais.
11 de setembro 1890
Votação – na Europa Língua de sinais X oralismo
Oralismo X misto - Sujeitos surdos excluídos da votação. Na ocasião
de votação, durante a assembleia geral realizada no congresso, todos os
professores surdos foram proibidos de votar e excluídos. Dos 164 representantes
presentes ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o oralismo puro.
Estas recomendações foram aceites pelas delegações alemã, italiana, francesa,
inglesa, sueca e belga. Só o grupo americano, liderado por Edward Miner
Gallaudet (1837-1917), se opõe. Dos 255 participantes, só três eram surdos. O
método oral torna-se indiscutível.
Resultados
Históricos - antes do congresso os povos surdos não tinham
problemas com educação. Sujeitos surdos dominavam a arte e a escrita.
Depois do Congresso – Professores surdos perderam seus empregos e
as línguas de sinais foram forçadamente substituídas por métodos orais.
Qualidade da educação dos surdos diminuiu devido a predominância do oralismo
puro na forma de ouvitismo. No oralismo existe exaustivo treinamento auditivo.
E desenvolvimento da fala associada à leitura labial. Qualidade da educação dos
surdos diminuiu devido a predominância do oralismo puro na forma de ouvitismo.
No oralismo existe exaustivo treinamento auditivo. E desenvolvimento da fala
associada à leitura labial.
BRASIL
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - é um sistema linguístico
legítimo e natural, utilizado pela comunidade surda brasileira, de modalidade
gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Língua portuguesa
falada no Brasil. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou na capital
fluminense com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O material trazido
pelo conde, que era surdo, deu origem à Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A LIBRAS possibilita o desenvolvimento
linguístico, social e intelectual daquele que a utiliza enquanto instrumento
comunicativo, favorecendo seu acesso ao conhecimento cultural-científico, bem
como a integração no grupo social ao qual pertence. Graças à luta sistemática e
persistente das pessoas com deficiência auditiva, foi reconhecida pela Nação
brasileira como a Língua Oficial da Pessoa Surda, com a publicação da Lei nº
10.436, de 24/04/2002 e a Lei nº 10.098, de 19/12/2002.
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