Estima-se que 6 % da população mundial em
idade escolar tenha um TEA. Esses transtornos persistentes manifestam-se
muito cedo na vida e não são decorrentes da falta de oportunidade de
aprender, mas naturalmente podem piorar se as condições de ensino forem ruins. O TEA também não decorre de deficiência intelectual nem de doenças adquiridas.
Se não houver uma intervenção planejada e de longo prazo, a defasagem
de desempenho na escola aumenta com o passar dos anos, resultando em
prejuízos pessoais irreparáveis, tais como: abandono escolar,
transtornos psicoafetivos, inadaptação social e subemprego, para citar
só alguns. Estatísticas americanas indicam que 40% dos jovens com TEA
nos EUA não concluem o ensino médio e que 70% da população carcerária
daquele país tem algum grau de transtorno de aprendizagem. Os TEA são
classificados em subtipos, dependendo da área da aprendizagem mais
afetada: transtorno de leitura, transtorno de expressão escrita,
transtorno de habilidades matemáticas, transtorno não-verbal e
transtorno de linguagem, entre outros. Na realidade, um indivíduo com
TEA nunca será igual a outro: haverá sempre uma interação entre suas
parcelas de “dificuldades” e de “aptidões” inatas e as do meio familiar,
educacional e sócio-cultural em que ele está inserido, resultando numa
trama única. Em muitos casos, existem associações de subtipos no mesmo
indivíduo. Cerca de 40% das pessoas com dislexia também apresentam
discalculia.
Apesar das especificidades individuais na
manifestação de suas dificuldades, crianças e jovens com TEA
compartilham o fardo do mau desempenho na escola e, com frequência, são
rotulados por pais e professores como preguiçosos, pouco empenhados e
incompetentes. Indivíduos com TEA e suas famílias precisam de apoio e
orientação profissional para empreenderem suas jornadas.
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