O uso da
abordagem de Integração Sensorial pode beneficiar os processos de
desenvolvimento de crianças com Down e contribuir de forma positiva com o
tratamento médico e multidisciplinar, pois elas enfrentam, em sua maioria,
problemas no processamento de estímulos sensoriais: vestibular, proprioceptivo,
tátil, visual e auditivo.
A
alteração do processamento nestes sistemas pode interferir de forma
significativa na atenção, aprendizagem escolar e no desenvolvimento de habilidades
motoras. A presença de hipotonia, hipermobilidade articular e comportamentos
como a distração excessiva aos estímulos do ambiente e impulsividade são
característicos dessas crianças. Indicam dificuldade no registro e modulação
sensorial do processamento de informações vestibular, proprioceptiva, tátil e
diante disso, justifica a necessidade da intervenção em Integração Sensorial.
Observa-se
em crianças com este diagnóstico, comportamentos que assinalam o mau
processamento vestibular e proprioceptivo, como por exemplo, hipotonia,
dificuldade na extensão do corpo e da cabeça contra a gravidade, controle
postural, atrasos nas respostas posturais automáticas, tendência a buscar
certos movimentos. Há dificuldade em sentir a posição do corpo no espaço e
movimentar-se; atraso no desenvolvimento do feedback proprioceptivo e em geral,
estas crianças apresentam movimentos mais bruscos, segmentados e com
comportamento desajeitado. Muitas vezes apresentam dificuldade em perceber
saciedade ou dor.
Para o sistema
tátil, há evidência de problemas como a hiporrensponsividade, alteração na
discriminação dos inputs táteis e da integração deles com os demais sistemas
sensoriais. Dificuldade no desenvolvimento da percepção tátil o que implica
numa baixa exploração dos objetos nos primeiras anos de vida, déficit na
estereognosia e reconhecimento de formas. A importante lacuna nas experiências
perceptuais contribuem nas dificuldades de aprendizagem e no atraso da
aquisição de habilidades motoras, como por exemplo, padrões pobres de preensão
e das habilidades funcionais das mãos.
Crianças
com Síndrome de Down apresentam evidências no atraso do desenvolvimento da
coordenação motora grossa e fina e a teoria da Integração Sensorial pode ajudar
a explicar certos comportamentos e atrasos. As dificuldades que estas crianças
enfrentam ao mover o corpo no espaço e processar informações sensoriais
contribuem de forma negativa no desenvolvimento da ideação, planejamento e
execução motora, implicando assim, numa baixa capacidade em organizar respostas
motoras eficientes.
A terapia
de Integração Sensorial pode beneficiar crianças com Síndrome de Down através
de uma abordagem que prioriza o uso dos sistemas sensoriais de forma integrada
com experiências vestibulares, proprioceptivas e tátil ao propor atividades
funcionais que trabalham registro e discriminação tátil, movimentos que
coordenam o corpo contra a gravidade, favorece integração bilateral, movimentos
recíprocos, ideação e planejamento motor.
Além de
trabalhar com habilidades motoras, as atividades na integração sensorial visam
a auto regulação e modulação do nível de alerta ótimo. Esta abordagem utiliza
um ambiente desafiador e seguro, com intuito de promover grande variedade de
atividades que aumentam o repertório de interação e o processamento das
informações sensoriais entre o corpo e o ambiente.
Fonte
:http://www.integracaosensorialbrasil.blogspot.com.br/search/label
Fonte:http://topediatrica.blogspot.com.br/
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